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Médica denuncia prefeitura por intolerância religiosa em hospital de Campo Largo

XV CURITIBA
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Foto: Folha de Campo Largo

Em um recente áudio enviado ao Conselho de Saúde de Campo Largo, cidade da reigão metropolitana de Curitiba, a doutora Jane Parolin Melzer Palu, médica no Hospital São Lucas, trouxe à tona alegações graves de intolerância religiosa dentro da instituição. A profissional solicitou que o assunto fosse incluído na próxima reunião do Conselho, destacando a urgência da questão.

Segundo a doutora Jane, funcionários públicos da prefeitura estão tentando impedir a realização de missas no hospital, uma prática comum em unidades de saúde oncológicas ao redor do mundo, onde celebrações e atividades lúdicas são frequentemente organizadas para confortar os pacientes. Além disso, foi mencionado que imagens religiosas foram retiradas das instalações, levando a administração do hospital a buscar apoio jurídico e religioso.

“Estamos sofrendo no Hospital Intolerância Religiosa por parte de funcionários públicos, funcionários da Prefeitura. Estão querendo impedir a nossa missa sendo que nos hospitais oncológicos do mundo sempre tem celebrações, sempre tem brincadeiras com médicos que vão de palhaços,” afirmou a doutora Jane em seu desabafo.

A médica enfatizou que ações legais já estão sendo tomadas, incluindo o envolvimento de representantes legais do hospital e da igreja local. Ela reitera que tais atitudes contrariam as leis que protegem o direito ao exercício da fé religiosa e lembra que a intolerância religiosa é considerada crime.

Este incidente levanta questões importantes sobre a liberdade religiosa e a diversidade de crenças no ambiente hospitalar, essencial para a recuperação e o bem-estar dos pacientes. O caso promete gerar debates acalorados na próxima sessão do Conselho de Saúde, onde se espera que medidas sejam discutidas para assegurar que os direitos dos trabalhadores e pacientes do Hospital São Lucas sejam respeitados.

O Conselho de Saúde de Campo Largo ainda não emitiu uma resposta oficial sobre o caso. A comunidade local e os funcionários do hospital aguardam com expectativa as deliberações do Conselho, que poderão definir novos precedentes para a prática da fé em instituições públicas de saúde na região.

 

Segue a nota da Prefeitura de Campo Largo

A Vigilância Sanitária do município de Campo Largo/PR, vem através deste esclarecer o ocorrido no estabelecimento Hospital e Maternidade Parolin.

No dia 03 de maio de 2024, o setor recebeu denúncia anônima sobre a realização de evento com celebração religiosa e servimento de alimentos (coffe break), dentro do setor de oncologia.

No dia 06 de maio de 2024, os fiscais da Vigilância Sanitária se dirigiram ao Estalecimento para realização de fiscalização, destinada à renovação do documento de licença sanitária. Fato esse solicitado em 03 de maio de 2024, através de processo digital.

Durante a inspeção, a funcionária do estabelecimento que acompanhava os fiscais foi questionada sobre a realização do evento citado na denúncia. Situação confirmada pela mesma. Nesse momento, foi pontuado que, servir alimentos nesse local coloca em risco tanto os pacientes, quanto às pessoas que irão consumir os alimentos, por tratar-se de serviço de saúde e área crítica de atendimento. Ressaltamos que, os funcionários do Estabelecimento já foram orientados anteriormente sobre a impossibilidade de realizar coffe break no local.

Além disso, foram ressaltados os riscos de se realizar atividades com aglomeração de pessoas em local que presta atendimento à pacientes imunocomprometidos, colocando à segurança dos pacientes em risco. Sendo orientado que o ideal, é o estabelecimento possuir

Endereço: Avenida Padre Natal Pigatto, no 925, Bloco 8, Centro. Campo Largo/PR – CEP: 836.016-30

local próprio para realizar o evento. A funcionária informou que repassaria ás informações à direção do Hospital.

Em tempo, durante inspeção no setor de UTI, a fiscal verificou a presença de uma imagem de Nossa Senhora, com manto de tecido. Na ocasião foi explicado que nos estabelecimentos de saúde, principalmente nas áreas críticas, não pode haver objetos que não sejam impermeáveis e que permitam adequada higienização. Portanto, orientou-se a necessidade de substituir a imagem por outra de material liso, lavável e impermeável. No momento, a enfermeira da UTI retirou a imagem do local.

Portanto, fica claro que a equipe de Vigilância Sanitária somente cumpriu seu papel fiscalizatório, aplicando as legislações vigentes, com o intuito de garantir a segurança dos pacientes, sem proibir a realização de qualquer tipo de celebração religiosa ou exigir a retirada de imagens pela Instituição. E ressalta que em nenhum momento procedeu-se com atos de intolerância religiosa, como relatado em áudio e mensagens publicadas nas mídias sociais.

Atenciosamente,

Vigilância Sanitária – Campo Largo/PR

 

 

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