A acusação faz parte da denúncia contra o senador que foi oferecida ao Supremo em agosto de 2015, e aditada em março deste ano, e estava sob sigilo até agora. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, levantou o segredo dos autos.
Segundo a acusação, as propinas estariam relacionadas a um contrato da BR de troca de bandeira de postos de combustível com a empresa Derivados do Brasil (DVBR), e a um contrato de construção de bases de distribuição de combustíveis firmados entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia.
A denúncia, subscrita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informa a existência de uma “organização criminosa relacionada à BR Distribuidora, voltada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro”.
Isso teria ocorrido devido a influência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) sobre a empresa, diz a Procuradoria.
Também foram denunciados Caroline Serejo Medeiros Collor de Melo, mulher do senador; Luís Pereira Duarte de Amorim, apontado pelos investigadores como ‘testa-de-ferro’ de Collor; o empresário Pedro Paulo de Leoni Ramos, suposto ‘operador particular’ do senador; Luciana Guimarães de Leoni Ramos, mulher de Pedro Paulo; os assessores parlamentares Cleverton Melo da Costa (falecido), Fernando Antônio da Silva Tiago e William Dias Gomes; e Eduardo Bezerra Frazão, diretor financeiro da TV Gazeta de Alagoas. Os denunciados respondem pelo crime de organização criminosa.
O senador é acusado 30 vezes do crime de corrupção passiva, 376 vezes pelo de lavagem de dinheiro e 48 vezes por peculato; Caroline Collor foi denunciada por lavagem de dinheiro; Leoni Ramos por peculato qualificado, corrupção passiva, fraude à licitação, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro; e Luciana, por lavagem de dinheiro.
Quanto aos demais denunciados: Luís Pereira Duarte de Amorim responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e Cleverton Melo da Costa, por lavagem de dinheiro e peculato, assim como Fernando Antonio da Silva Tiago.
Pedidos
Além da condenação criminal, Rodrigo Janot pede a decretação da perda da função pública para os detentores de cargo ou emprego público ou mandato eletivo, principalmente por terem agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade.
A Procuradoria pede ainda a reparação dos danos materiais e morais supostamente causados pelas condutas dos denunciados, no valor de 154,75 milhões de reais e a decretação da perda, em favor da União, dos bens e valores objeto da lavagem de dinheiro, judicialmente apreendidos ou sequestrados, no valor de 30,9 milhões de reais.
Tem uma denúncia, flagrou uma situação inusitada ou quer mostrar algo incrível da sua região?
Fale com a redação do XV Curitiba pelo WhatsApp (41) 98764-2955 📲
👉 Clique aqui e fale direto conosco