Servida na maioria dos bares e botecos curitibanos, a famosa Carne de Onça é tradição há mais de 80 anos. A receita leva carne bovina crua (não é do felino, ninguém precisa se preocupar!), servida sobre fatias de broa e coberta de cebola e cebolinha. O prato está completando cinco anos como Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba e para comemorar a data, a Curitiba Honesta, portal de gastronomia que realizou as pesquisas para elevar o prato a patrimônio, promove a quinta edição do Festival de Carne de Onça, de 21 de setembro a 10 de outubro. Participam 30 bares da cidade, servindo suas versões para o tradicional petisco ao valor fixo de R$ 19 a porção.
Segundo Sergio Medeiros, editor do portal Curitiba Honesta, “o objetivo do festival é principalmente ajudar o setor de gastronomia em sua retomada e cada vez mais fortalecer a carne de onça como nosso patrimônio cultural”. A Curitiba Honesta realiza anualmente vários festivais gastronômicos, entre eles também o Festival do Pão com Bolinho (também muito típico da cidade), Circuito do Sanduíche, Festival do Pêéffe e Circuito de Pizzas.
A Carne de Onça lembra três receitas internacionais muito conhecidas: o Hackepeter alemão, o Steak Tartare francês e o Quibe Cru libanês. Porém, como é servido em Curitiba, é algo próprio da cidade. A iguaria curitibana é feita da seguinte forma: uma fatia de broa preta, coberta com carne bovina moída (normalmente patinho), cebola branca cortada fininha, cebolinha verde picada, temperada com sal, pimenta do reino e regada com bom azeite de oliva extravirgem. No Festival, cada cozinheiro traz sua versão, com temperos e ingredientes que agregam sabores, mas tem tirar a essência do prato.
O 5º Festival de Carne de Onça tem o patrocínio da Gold Food Service, Roots Cerveja Artesanal e o Apoio do Instituto de Turismo de Curitiba, Curta Curitiba e Abrasel-PR.
Origem da “Carne de Onça”
A carne de onça tornou-se Patrimônio Cultural e Imaterial Curitiba em setembro de 2016. A pesquisa e encaminhamento foram feitos por Sérgio Medeiros, um entusiasta da gastronomia curitibana. Na pesquisa, Medeiros descobriu a verdadeira história da carne de onça.
Na década de 40, existia um time que foi várias vezes campeão paranaense, o Britânia. Seu diretor era o Cristiano Schimidt. Além do time, ele era dono de um bar na Marechal Deodoro, chamado Toca do Tatu – seu apelido. Para comemorar as vitórias do Britânia, o Schimidt, que não pagava bicho, fazia uma baciada de carne crua e colocava sobre fatias de broa, junto com cebola branca e cebolinha picadas, e servia para os jogadores. Um belo dia, Duia, o goleiro, reclamou: “Poxa, Schimidt, você só serve essa carne aí que nem onça come!”. Pronto! Estava criado o nome do petisco que todos os clientes da Toca do Tatu começaram a pedir e que hoje é servida nos bares da cidade.
Participantes
Confira os participantes do 5° Festival de Carne de Onça de Curitiba:
- A Ostra Bêbada
- Academia das Cervejas
- Armazém Santa Ana
- Bar do Dante
- Barbaram
- Baroneza
- Bodesza
- Brasil Craft Food
- Burguer Bar
- Canabenta
- Cartolas
- Charles Burguer
- Dom Cervantes
- Green Gate
- Hamburgueria Água Verde
- Hamburgueria das Américas
- Jabuti
- Jackson Assados
- Maia Box & Oba Gastronomia
- Mas Será o Benedito?
- Mavy Pub – São José dos Pinhais
- Mavy Pub Mondri – São José dos Pinhais
- Quermesse
- Quintal 68
- Rancho da Joaninha (delivery)
- Silzeus
- The Barbecue
- Ushuaia
- Wit Bar
- Zeppe Focacceria
Para conhecer todos as receitas e endereços, basta acessar o site www.curitibahonesta.com.br.
Serviço:
5° Festival de Carne de Onça de Curitiba
De 21 de setembro a 10 de outubro de 2021
#festivaldecarnedeonça