Na madrugada do último sábado, em Itambaracá, norte pioneiro do Paraná, uma situação de violência policial foi capturada em vídeo, mostrando um policial militar agredindo uma mulher de 28 anos em um bar local. O incidente, que deveria ser uma abordagem padrão para uma reclamação de perturbação do sossego, escalou rapidamente para uma cena de violência explícita.
O soldado Jader Aparecido Camilo, junto com outro cabo da PM, foram os responsáveis pela ocorrência. De acordo com o boletim de ocorrência redigido pelos agentes, a situação descrita diverge completamente das imagens captadas por clientes do bar. No documento, os policiais alegam que o ambiente estava tranquilo, com pessoas apenas conversando, sem música alta, contrariando as evidências do vídeo que mostra o contrário.
As imagens divulgadas mostram o policial, que já foi investigado em 13 Inquéritos Policiais Militares por condutas similares, usando força excessiva, incluindo tapas, chutes, e arrastando a mulher pelos cabelos. A vítima relatou múltiplas lesões decorrentes da agressão. Diante da repercussão do caso, o soldado Camilo foi afastado de suas funções por ordem do secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Teixeira, e o governador Ratinho Junior manifestou-se exigindo esclarecimentos, reconhecendo o excesso na ação do policial.
Em resposta ao ocorrido, o Comando-Geral da Polícia Militar do Paraná emitiu uma nota onde afirma que o ocorrido não reflete os valores nem o profissionalismo da corporação, que se dedica à proteção da comunidade. Além disso, o Ministério Público do Paraná declarou que está acompanhando de perto as investigações sobre a conduta do policial durante a ocorrência.