Outubro é mês em que lembramos e comemoramos a cultura alemã. É nessa época que ocorrem ao redor do mundo as diversas festas típicas chamadas de oktoberfest, também conhecida como "Wiesn".
O festival que começou foi criado, em Munique, pelo rei Ludwig I, para celebrar o seu casamento, em 1810. Já no Brasil, a Oktoberfest chegou com os imigrantes alemães, no início do século XX, no entanto foi somente na década de 1980 que as Oktoberfest se transformaram nas grandes festas populares que conhecemos hoje em dia.
Curitiba, conhecida por homenagear seus colonizadores, não tem tradição em realizar grandes festivais como esse, mas, mesmo assim, não podia deixar lembrar dos alemães. Em 1996 a cidade inaugurou um espaço público único que homenageia os germânicos.
O Bosque do Alemão preserva 38 mil metros quadrados de um dos poucos remanescentes florestais da cidade em um fundo de vale. O local onde foi criado não podia ser melhor, ali era parte da fazenda de uma tradicional família alemã que deu o nome ao bairro: Jardim Schaffer.
Além da história de sua origem, o espaço faz diversas homenagens a grandes nomes da cultura germânica. Uma das estruturas construídas no local para isso é o Oratório de Bach, réplica de uma igreja presbiteriana (religião oficial do país) que abriga uma sala de concertos, lanchonete com produtos típicos, Guarda Municipal e sanitários. Johann Sebastian Bach, que dá nome ao oratório, foi um famoso compositor alemão que do período barroco.
No local, há também a Torre dos Filósofos com 15 metros de altura que guarda um mirante onde se tem uma linda vista sobre parte da cidade. Como o nome já diz, a torre é uma homenagem aos vários filósofos alemães e que, depois de vários degraus, termina na entrada de uma trilha linda que proporciona ao visitante o contato direto com a natureza.
Com sorte, é possível observar nessa trilha espécies nativas de plantas, como a Canela, e animais como morcegos, gambás e beija-flor. Além disso, a trilha nos leva a um conto de fadas muito famoso, a história infantil de João e Maria, dos, também alemães, irmãos Grim.
A trama é narrada em ladrilhos pintados ao longo do trajeto e passa também pela casa da bruxa (ou casa dos contos) onde há uma biblioteca com livros infantis de diversos autores além de contadores de histórias que incentivam o gosto da criançada pela leitura. Nesse espaço as crianças também podem participar da "Hora do Conto", onde bruxas e fadas fazem uma leitura de contos infantis.
Por fim, a trilha leva os visitantes até a reprodução de um dos principais representantes da arquitetura alemã, o frontão da Casa Milla, que cercada de flores e um belo jardim forma um dos mais famosos cartões postais de Curitiba.