Nenhum policial sai às ruas pelo simples prazer de matar ou abusar. Policiais são todos iguais a nós, tem seus problemas, aflições, felicidade e família.
Quando você faz um prejulgamento, baseado no mero “achismo”, sem se alicerçar em nenhum conjunto probatório, pericial ou inquérito concluído, está-se fazendo um julgamento antecipado e moral de determinada pessoa. Ainda mais essa aferição de culpa antecipada sendo exposta por uma vereadora, já que a voz da Câmara reflete no julgamento da sociedade. O Legislativo é uma casa de lei, em que se deve ter a responsabilidade na palavra proferida.
Ocorre que, hoje (30) a vereadora Professora Josete do PT, em sessão da Câmara Municipal declarou sumariamente que “a morte dos jovens ocorreu de forma bastante duvidosa. Vivemos em um mundo de crise civilizatória com traços de bárbarie” Que embora esteja sendo apurado o ato, a Câmara também deve acompanhar as investigações de perto. Que o furto do carro não justificaria a morte da forma bárbara como aconteceu. Que os jovens negros são vítimas de uma sociedade violenta e excludente. Pede para que não se repita a violência praticada contra a população nos protestos organizados para hoje, segunda-feira (30). Classificou os acontecimentos da polícia como bárbaros e por fim, solicita um minuto de silêncio aos jovens mortos de forma bárbara.
Pois bem, a Professora Josete (PT) como representante da Câmara de Vereadores Municipal, deveria saber que o princípio da presunção de inocência, devido processo legal, ampla defesa, dentre outros, valem para ambas as partes.
A vereadora está precipitadamente advogando em causa que ainda não lhe compete dar juízo de valor. Se seguisse a mesma lógica, embora mesmo assim não a devesse, seria mais fácil concluir que a polícia cumpriu seu dever legal. Ora, o carro que dirigiam era roubado, todos os ocupantes encontravam-se armados e segundo o Capitão Paulo Alexandre: “Quando eles desceram do carro, reagiram contra a tentativa de abordagem e atiraram contra os policiais. Infelizmente, os quatro morreram”. Todos sabem que pistolas ou revolveres não são páreos para o armamento da Rone, e diante de uma agressão, a reação da polícia será efetiva para eliminar a hostilidade, protegendo suas vidas e dos cidadãos.
Porém, cabe ao MP, juntamente com a Corregedoria Militar e após devido processo legal, apurar os fatos na busca dos verdadeiros culpados pelas mortes ocorridas na noite de sexta-feira (27). O que não se deve é defender sumariamente potenciais bandidos e linchar socialmente os membros da PM.
Um veículo da marca Hyundai, modelo Tucson, que havia sido roubado há três dias no bairro Portão foi avistado em atitude suspeita por policiais da Rone na noite desta sexta-feira (27), na esquina da rua Maj. Fabriciano do Rêgo Barros com a rua Padre Dehon, no bairro Hauer, em Curitiba.
Após ordem de parada, o condutor do veículo empreendeu fuga em alta velocidade. Segundo o capitão Paulo Alexandre: “Próximo do Shopping Cidade, uma equipe da Rone cruzou com esse carro em atitude suspeita, já em velocidade alta no meio dos outros veículos colocando em risco a segurança dos outros motoristas.
Na tentativa de abordagem, eles empreenderam fuga, passando por algumas preferenciais e nesta esquina colidiram com um carro e vieram a capotar." Ainda conforme o capitão: “quando eles desceram do carro, reagiram contra a tentativa de abordagem e atiraram contra os policiais. Infelizmente, os quatro morreram.