"É uma vergonha! Um absurdo! Um ato antipatriótico que atenta contra a economia do Norte Pioneiro", reagiu o deputado Romanelli (PSB) nesta sexta-feira, 9, sobre a decisão da Econorte em reabrir a praça de pedágio de Jacarezinho que explora o trecho de 51 quilômetros na BR-153, entre a divisa de Ourinhos (SP) e o entroncamento com a PR-092, em Santo Antônio da Platina.
O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, atendeu à concessionária e autorizou a reabertura da praça de pedágio em Jacarezinho. A Econorte vai retomar a cobrança neste domingo, 11, e suspender a cobrança na praça de Cambará. "A sangria volta em doses cavalares, prejudicando os moradores do Norte Pioneiro e os paranaenses", disse Romanelli.
A Econorte cobrará o pedágio em nove faixas entre R$ 11,00 (para motos, motonetas e bicicletas motorizadas) e R$ 115,8 (caminhão com reboque e caminhão-trator). Automóveis, caminhonetes e furgões pagaram R$ 21,9 a tarifa. "Mesmo com todas as suspeições já investigadas e levantadas pela Lava Jato sobre as fraudes nos contratos da concessão na BR-153, vem essa decisão estapafúrdia que espero que ainda seja revertida", disse.
Justiça – "A roubalheira voltou. Mas, nós que sempre enfrentamos e questionamos essas cobranças absurdas, vamos continuar lutando para que se faça justiça que atende os interesses do Norte Pioneiro e não de empresas que exploram o povo", completou.
Romanelli e o prefeito de Cambará, Neto Haggi (MDB), entraram com uma ação em que pediram o fechamento da praça de pedágio Cambará/Andirá. O deputado também questionou o acordo de leniência entre o Ministério Público Federal e a concessionária Rodonorte. "Eu luto contra esse modelo perverso de pedágio desde a sua implantação em 1997", disse.
"O paranaense paga muito caro para trafegar pelas rodovias pedagiadas, muitas delas ainda em pista simples, o que é um escárnio e um deboche”, completou o deputado.