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Quando a crise chega – Por Mariana Bileski

XV CURITIBA
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A crise bate. Seja a da meia idade, nos 30, quando a gente sai da faculdade, no dia do aniversário, na hora de escrever a resolução pro próximo ano, quando casa, tem filho, quando algo ou nada acontece. Sempre tem uma crise. O nome já diz, é coisa ruim, mas existem sempre mais ângulos para ela ser enxergada. Crises também são oportunidades. Para um novo rumo na vida, novas pessoas, outro amadurecimento, selecionando o que de fato importa. E a gente sempre sai melhor, mais forte, madura e decidida de uma crise. E no meio desse caos, quando a gente se esquece quem somos e pra onde estamos indo, parece que nada faz sentido, nem nossas roupas, nem nosso armário.

            Uma mudança de fase, um descobrimento, um novo olhar. Essa nova “eu”, no meio ou após o caos, muitas vezes, abre o guarda-roupa e tudo o que parece é que aquelas roupas são de outra pessoa. A vontade é de jogar tudo fora, comprar novo, mudar de estilo, cortar o cabelo, trocar tudo. A crise nos deixa assim: perdidos, confusos e sem o senso de si mesmo. E claro que a nossa segunda pele, a forma que a gente se mostra aos terceiros, o que nos veste é afetado também por esse momento de confusão interna. Mas este é o momento de colocar em prática tudo o que foi aprendido na vida. Pisar no freio, respirar fundo, contar até mil, aquietar-se, controlar seus pensamentos e dar uma palavra de ordem pra nossa alma. Hora de se colocar no controle da vida. Pensar. Não negociar os princípios. Chamar a razão e abafar a emoção. Vai fazer sentido.

            E no meio dessa freada, a gente pode abrir o guarda-roupa e tentar entender o motivo e os momentos em que estas roupas foram compradas. Antes de querer colocar fogo em tudo, dá pra parar e pensar: quem sou eu e o que quero transmitir? Aí a partir das respostas, você faz a roupa ser sua aliada no repasse dessa mensagem. E saiba que a crise é normal e chega para todos. Se for hora de fazer compras e realmente trocar tudo, mãos a obra. Mas claro, também é possível mudar a função das roupas, até. Um vestido pode virar uma blusinha, uma calça pode virar uma pantacourt ou um shorts, um lenço pode ser usado de uma forma bem diferente. E aí nós mudamos as coisas de lugar e percebe que a mudança faz parte e a crise tem o lado bom. Se a gente se transforma, as nossas roupas também podem – e devem – refletir isso.

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