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Paraná é o estado que mais destruiu a Mata Atlântica nos últimos 30 anos

XV CURITIBA
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Mapeamento inédito mostra retrato mais detalhado sobre a situação da Mata Atlântica no município de Curitiba

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgam hoje (12/8) dados inéditos sobre a situação da Mata Atlântica em Curitiba, no Paraná.

A partir de uma metodologia que reduz de 3 hectares (ha) para 1 ha a área mínima de identificação das imagens captadas por satélite, foi possível produzir um raio-x mais preciso, que inclui fragmentos florestais menores e em estágios iniciais de regeneração. A análise revela que o município tem hoje 3.666 ha, ou 8,6%, de sua Mata Atlântica original. Pela metodologia de 3 ha, considerava-se que este total era de 576 ha, ou 1,3%. Originalmente, 100% do município de Curitiba (43.541 ha) era coberto por Mata Atlântica.

Realizado há 30 anos, o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que conta com patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan, inclui tradicionalmente apenas áreas mais preservadas, acima de 3 ha, por serem essas as capazes de manter a biodiversidade original.

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Com a nova metodologia, mais inclusiva, foi possível considerar também áreas com vegetação de porte florestal que tenham sinais de alteração, como bosqueamento e clareiras, ou que ainda estejam em estágios iniciais de regeneração. “São pontos que, mesmo com menor grau de conservação, ainda exercem um papel importante no processo de proteção do solo e dos recursos hídricos”, explica Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do Atlas. De acordo com ela, o mapeamento inédito é um presente para a cidade de Curitiba, que estará disponível para a sociedade e pode ajudar no planejamento de políticas de proteção e recuperação da Mata Atlântica.

A diretora observa também que com o detalhamento de 1 ha foi possível identificar áreas de remanescentes florestais nos maiores parques urbanos, que são representativos para fins de planejamento urbano e indispensáveis para melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Esperamos que esse mapeamento, por facilitar o entendimento da ocupação do solo, dê suporte à gestão municipal de Curitiba em ações de conservação. Felizmente, a cidade já conta com o Plano Municipal da Mata Atlântica e diversas Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Mas é importante que se invista na criação de novas áreas protegidas, corredores ecológicos e na recuperação de áreas estratégicas para a proteção da água”, conclui.

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