Os três exemplares de harpias, espécie de águias que vivem no Zoológico de Curitiba, passaram por exames, pesagem e coleta de sangue para avaliação genética. Além de garantir a saúde dos animais, o trabalho atende aos requisitos do Projeto Harpia, do qual a instituição curitibana faz parte desde o início deste ano, com a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) e demais instituições mantenedoras da espécie sob cuidados humanos.
“É uma atividade importante, não só pelo avanço técnico interno, mas também pela importância na conservação das harpias no Brasil e no Paraná”, avalia a chefe do Zoológico de Curitiba, Ana Silvia Passerino.
A Harpia harpyja foi categorizada como vulnerável, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), pela perda populacional causada pelo desmatamento e caça eventual nas florestas brasileiras. O projeto nacional visa contribuir com a sobrevivência dessa emblemática espécie de águia.
Dentro do termo de cooperação foi solicitada a coleta de sangue para análise genética dos exemplares de harpia mantidos no Zoo de Curitiba. Essa análise é fundamental para aumentar o conhecimento sobre os animais mantidos nas instituições parceiras.
Durante o trabalho de manejo, o casal de irmãos nascidos no Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, foi separado e o macho começou o processo de aproximação com a fêmea que veio do Mato Grosso, em dezembro de 2019.
“Esse novo casal, sem consanguinidade, pode no futuro gerar filhotes com importante herança genética para a população de harpias”, destaca a chefe de Fauna do Zoo e responsável local pelo projeto, Nancy Banevicius. De acordo com ela, ainda não é possível prever quando pode iniciar essa reprodução.
Centro de conservação
O Zoo de Curitiba mantém trabalhos em grupos nacionais de conservação de outras dez espécies: muriqui-do-sul; mico-leão-da-cara-dourada; macaco-aranha-da-testa-branca; tamanduá-bandeira; onça-pintada; lobo-guará; jacutinga;
ararajuba; jacucaca; e sagui-da-serra-escuro.
As atividades e os cuidados com os animais que são mantidos pela instituição continuam, mas a unidade de conservação está temporariamente fechada para visitação em razão da pandemia do novo coronavírus.