A Região Metropolitana de Curitiba é o maior polo de cultivo de morangos do Paraná, com cerca de 800 produtores. Atualmente, uma boa parte da fruta não vem do cultivo tradicional em canteiros, mas de bancadas elevadas e protegidas por estufas. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) presta assistência e capacita os produtores para uso desta tecnologia.
Segundo o extensionista Luis Gustavo Lorga, do IDR-Paraná de Campo do Tenente, a técnica do cultivo elevado e semi-hidropônico confere mais conforto aos trabalhadores, tem alta rentabilidade e possibilita maior controle dos plantios, diminuindo o uso de agrotóxicos para combater pragas e doenças.
Foram essas vantagens que atraíram a atenção de Rosana Gabardo Pallu, de Mandirituba, que até dois anos atrás era confeiteira. Ela viu no cultivo de morango a possibilidade de concretizar o desejo de viver da produção agrícola e aumentar sua renda.
Depois de passar por cursos de capacitação promovidos pelo IDR-Paraná e pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) Rosana e o marido, José Marcos, construíram uma estufa para plantar morangos, no sistema semi-hidropônico elevado.
Hoje a propriedade do casal produz 1.000 quilos do fruto por mês e Rosana tem compradores certos. Enquanto a cooperativa do município é formalizada, os morangos da propriedade são vendidos para alguns intermediários e também para uma rede de supermercados. O negócio vai tão bem que o casal já está finalizando uma outra estufa, com mais 10 mil plantas.
"Estamos tendo uma boa renda com o morango e estou feliz por trabalhar no campo. Nesse sistema de cultivo elevado o trabalho é muito fácil. Trabalhamos em três pessoas, meu marido, eu e minha irmã", conta Rosana.