No segundo turno das eleições em Curitiba, Cristina Graeml (PMB) obteve um crescimento significativo em sua base de apoio, saltando de 291 mil votos no primeiro turno para 390 mil. Esse aumento expressivo foi impulsionado pelo redirecionamento dos eleitores de candidatos de direita, como Maria Victoria (PP) e Luizão Goulart (Republicanos), que ficaram fora da fase final da disputa. Embora Luizão e Maria Victoria (PP) tenham declarado apoio formal a Eduardo Pimentel (PSD), esse apoio foi discreto e pouco engajado, refletindo-se mais em declarações protocolares e aparições limitadas do que em uma campanha efetiva.
Apesar da adesão formal de Luizão e Maria Victoria a Pimentel, seus eleitores, identificados com pautas conservadoras, migraram majoritariamente para Cristina, buscando uma continuidade de valores à direita no cenário eleitoral. Sem um apoio claro de seus próprios candidatos, os eleitores conservadores de Ney Leprevost também reforçaram a base de Cristina e Eduardo.
Eduardo Pimentel, por sua vez, foi beneficiado pelo apoio indireto dos eleitores do ex-candidato de centro Luciano Ducci (PSB), que optou por não declarar apoio público a nenhum dos concorrentes no segundo turno. O eleitorado de Ducci, alinhado com uma perspectiva mais moderada e menos polarizada, parece ter identificado em Pimentel uma alternativa mais equilibrada. Esse movimento foi crucial para o salto de Pimentel, que passou de 313 mil votos para 531 mil no segundo turno, garantindo-lhe a vitória.
A disputa de segundo turno em Curitiba expôs um realinhamento estratégico dos eleitores de diferentes espectros, com a base conservadora fortalecendo Cristina Graeml, mesmo com apoios formais direcionados a Pimentel. Já o crescimento de Pimentel evidenciou o respaldo de um eleitorado que buscava uma opção mais moderada, refletindo o dinamismo das escolhas e preferências do eleitorado curitibano.