A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná está investigando o deputado Tito Barichello, do partido União, e sua esposa, Tatiana Guzella, assessora parlamentar, após o casal divulgar nas redes sociais o que alegaram ser uma operação policial. As imagens pretendiam mostrar o cumprimento de um mandado de prisão contra um advogado por tentativa de homicídio. No entanto, a situação se revelou como uma encenação.
Foi revelado que Barichello, que tem uma carreira como delegado, está atualmente licenciado e, portanto, não tem permissão para realizar funções policiais. Da mesma forma, Tatiana Guzella, que tinha se afastado das operações policiais para atuar como assessora no gabinete do deputado federal Felipe Francischini, também do União, não tinha autorização para participar de tais ações. A operação foi ainda mais questionada quando se descobriu a inexistência de um mandado de prisão contra o suposto alvo.
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Detalhes da encenação, como o veículo disfarçado de viatura policial e o colete que Barichello vestia, marcado com as iniciais DHPP, foram identificados como itens particulares, desvinculados da polícia oficial. Confrontado pela mídia, especialmente pelo programa Cidade Alerta, da RIC, Barichello justificou sua ação afirmando estar apoiando o advogado mencionado, apesar da ausência de um investigado real.
A Polícia Civil do Paraná, através de uma declaração oficial, destacou que as ações do casal não tinham sido reconhecidas nem aprovadas pela instituição, esclarecendo que tais “operações” não fazem parte das atividades legítimas da polícia. Em resposta às acusações, Jeffrey Chiquini, advogado de Barichello, defendeu seu cliente ressaltando seu papel como vice-presidente da comissão de segurança pública e líder do bloco de segurança pública. Ele argumentou que o deputado estava apenas exercendo seu direito constitucional de representar o povo.