Vídeo: Pela primeira vez em Curitiba, todos os assessores de um vereador pedem exoneração após crise com o MBL

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Foto: Reprodução

O Movimento Brasil Livre (MBL) comunicou oficialmente, por meio de vídeo publicado pelo núcleo do Paraná, a expulsão do vereador João Bettega (União Brasil) do grupo. O anúncio, feito nesta semana, marca um momento inédito na história do movimento, sendo a primeira expulsão pública de um parlamentar com mandato vinculado ao MBL. A decisão veio acompanhada da exoneração coletiva de todos os assessores e estagiários que atuavam no gabinete de Bettega na Câmara Municipal de Curitiba.

No vídeo, representantes do MBL afirmam que, apesar dos esforços da equipe para garantir uma gestão técnica, propositiva e corajosa, o trabalho foi inviabilizado por uma conduta classificada como individualista, com baixa produtividade e falta de compromisso com os valores do movimento. “Durante os poucos meses de mandato, a equipe do MBL se esforçou para fazer uma gestão de qualidade, mas infelizmente o nosso trabalho foi frustrado por um parlamentar com rigidez intelectual, pouquíssimo produtivo e muito individualista”, diz um trecho da gravação.

O MBL também se referiu ao caso como um “estelionato eleitoral” e destacou que a decisão dos assessores de deixarem os cargos foi um ato de respeito aos militantes que confiaram no projeto político original. “Todos os novos assessores parlamentares e estagiários pediram exoneração dos seus cargos no dia de hoje em respeito a vocês, militantes do Movimento Brasil Livre”, afirma a nota em vídeo.

João Bettega foi eleito vereador nas eleições municipais de 2024 com 12.346 votos, sendo o quinto mais votado da capital paranaense. Filiado ao União Brasil, ele iniciou seu mandato na 19ª legislatura da Câmara de Curitiba em janeiro de 2025, com apoio explícito do MBL.

A expulsão ocorre em meio a críticas internas ao comportamento de Bettega no exercício do mandato, com destaque para a publicação frequente de vídeos nas redes sociais e sua aproximação com o bolsonarismo — práticas consideradas incompatíveis com os princípios do movimento. A direção nacional do MBL reforçou que a decisão foi unânime entre os membros do núcleo estadual do Paraná.

O caso encerra a ligação de Bettega com o movimento que o ajudou a conquistar projeção política e evidencia as divergências internas sobre a atuação parlamentar esperada pelos integrantes do MBL. Segundo a publicação, o grupo pretende seguir unido e reorganizado em torno de novas missões políticas.

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