O corretor de seguros Carlos Magno Vecchi Candido, de 50 anos, presenciou uma tragédia enquanto seguia em comboio rumo ao litoral do Paraná. Ele estava no carro que trafegava à frente do veículo atingido por uma árvore na BR-277, em Morretes, na última quinta-feira (17). O acidente resultou na morte de Marcos Evangelista de Abreu, de 46 anos.
O grupo de amigos viajava em três carros com destino a uma casa de praia para passar o feriado prolongado. “A gente estava num comboio indo para a praia, para passar o feriado lá, e aí eu passo a árvore e cai no carro dele, entendeu? Eu vi pelo retrovisor”, relatou Carlos ao Portal XV Curitiba. Após a colisão, o carro atingido percorreu cerca de 50 metros antes de parar ao bater em uma placa na beira do barranco.
No veículo atingido estavam Marcos, sua esposa e o filho de 12 anos. A mulher foi socorrida e encaminhada a um hospital em Paranaguá, mas teve alta no dia seguinte para acompanhar o velório do marido, realizado em Curitiba. O menino sofreu um corte na testa e precisou levar três pontos.
Carlos contou que, ainda no local do acidente, subiu no tronco da árvore caída e percebeu que ela havia sido cortada. “Constatei lá que a árvore tinha sido serrada, aí eu tirei um monte de foto, vídeo, e eu passei para a imprensa. É para a gente cobrar das autoridades punição, né? Para não ficar em vão a morte dele”, desabafou.
Ele ainda revelou que há outras árvores cortadas no local, sugerindo uma ação planejada. “Eu acho que o cara errou o cálculo. Passando a motosserra nessa daí, ela caiu pra pista. A casa amarela ali embaixo, a 70 metros, é de uma madeireira que seria responsável pelo corte.”
No momento do acidente, o tempo estava firme, sem chuva. O comboio trafegava em baixa velocidade por conta de uma paralisação anterior no trânsito da serra. Vídeos registrados na rodovia mostram o impacto da queda e os danos provocados no veículo.
A Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos competentes devem apurar as circunstâncias e a origem do corte da árvore que causou o acidente fatal.
