Segundo informações divulgadas pelo jornal Estadão, o governo brasileiro investiu aproximadamente R$ 203,6 mil para custear a viagem da primeira-dama, Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, para a abertura das Olimpíadas de Paris. Este montante abrangeu as despesas com passagens e diárias de Janja e cinco servidores que compuseram a comitiva. O custo com transporte aéreo foi o mais significativo, alcançando R$ 148,4 mil.
A comitiva, que incluiu Janja e cinco assessores lotados na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) e no Gabinete Pessoal, teve como principal gasto as passagens aéreas. A primeira-dama teve despesas de passagens no valor de R$ 83,6 mil, incluindo tarifas de reserva, taxas de embarque e seguro viagem. Os assessores contribuíram com mais R$ 64,8 mil em despesas aéreas, sendo que a secretária Priscila Pinto Calaf teve o maior gasto individual.
Além das despesas de voo, os funcionários receberam entre três e dez diárias, totalizando R$ 55,1 mil para cobrir hospedagem, alimentação e deslocamentos na capital francesa. Mais uma vez, a secretária Calaf teve o maior valor de diárias, refletindo a importância de seu papel durante a viagem.
A cobertura do Estadão também levantou questões sobre a presença de outros dois servidores autorizados para a viagem, mas que não apareceram nas listas de despesas divulgadas. Esse fato provocou dúvidas sobre a transparência dos gastos públicos em eventos de grande visibilidade como as Olimpíadas. A Secom argumentou que as passagens foram compradas a preços de mercado, influenciados pelo evento olímpico, e destacou que Janja viajou em classe executiva, conforme a legislação permite.
Janja esteve em Paris de 25 a 29 de julho, participando não apenas da abertura dos Jogos, mas também de encontros diplomáticos significativos, incluindo uma recepção com o presidente francês Emmanuel Macron e sua esposa, Brigitte Macron.