Em um recente episódio do podcast da Câmara Municipal de Curitiba, os vereadores Rodrigo Reis (UB) e Bruno Pessuti (Podemos) geraram polêmica com suas declarações sobre o comércio ambulante na cidade. Durante a discussão, o vereador Rodrigo Reis afirmou que esse tipo de comércio visa principalmente atender às necessidades de pessoas pobres e idosos. Já o vereador Bruno Pessuti também sugeriu que a venda de pizzas por ambulantes poderia impactar negativamente as pizzarias estabelecidas na cidade.
A questão do comércio ambulante em Curitiba é regida por uma lei municipal específica, que limita a venda de produtos nas ruas. De acordo com um decreto vigente, o comércio ambulante na cidade, no período das 19h às 6h, está restrito à venda de cachorro-quente. Essa regulamentação tem sido motivo de debate, considerando as necessidades e a dinâmica da economia local.
Contrapondo as opiniões dos vereadores, um ponto de vista jornalístico relevante destaca que, nas maiores cidades do mundo, a permissão para o comércio ambulante de diversos produtos é comum, promovendo uma concorrência saudável entre empresários. Esse argumento sugere que a diversificação do comércio ambulante poderia beneficiar o mercado local, oferecendo mais opções aos consumidores e incentivando a inovação entre os comerciantes estabelecidos.
Este debate levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre regulamentações municipais e a necessidade de adaptar as leis às mudanças nas demandas e comportamentos dos consumidores. A discussão em torno da lei de comércio ambulante em Curitiba reflete um dilema maior enfrentado por muitas cidades: como apoiar o empreendedorismo local, ao mesmo tempo em que se protegem os interesses dos negócios já estabelecidos.