Vereadora de Curitiba pede investigação após alunos cantarem música do Bope em escola cívico-militar

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Foto: CMC

A divulgação de um vídeo que mostra alunos do Colégio Estadual Cívico-Militar João Turim, em Curitiba, marchando e cantando versos associados ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) levou a vereadora Giorgia Prates (MandatA Preta) a solicitar a atuação de diversos órgãos de controle. Os pedidos buscam esclarecer as circunstâncias da atividade disciplinar registrada, entender por que crianças foram expostas ao conteúdo e definir eventuais medidas de proteção aos estudantes.

Protocolos foram enviados ao Ministério Público do Paraná, à Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB/PR), à Secretaria de Estado da Educação (SEED), ao Conselho Permanente dos Direitos Humanos do Estado do Paraná (COPED) e ao Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA/PR). Os documentos citam trechos do canto entoado pelos alunos, como “entrar na favela e deixar corpo no chão” e “O Bope tem guerreiros que matam fogueteiros”, apresentados durante um exercício de marcha disciplinar dentro da escola.

Segundo a vereadora, o fato exige apuração imediata por envolver crianças e adolescentes em um ambiente educacional. Os pedidos encaminhados afirmam que o conteúdo cantado é incompatível com os princípios constitucionais da educação e podem indicar violação de direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os ofícios solicitam esclarecimentos sobre quem autorizou a atividade, qual seria sua finalidade pedagógica e se houve desvio de função ou descumprimento das normas educacionais.

Nos documentos enviados ao Ministério Público, a parlamentar pede a instauração de procedimento investigatório para apurar os fatos, a emissão de recomendações à escola e à SEED para coibir práticas disciplinadoras que possam expor estudantes a riscos, além da adoção de medidas protetivas ou administrativas que assegurem um ambiente escolar seguro e alinhado à legislação vigente.

O caso segue em análise pelas instituições acionadas, que devem avaliar as informações enviadas e os próximos encaminhamentos.

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