Vereador de Curitiba denuncia agressão e possível exploração infantil no Centro da cidade

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Foto: Reprodução/ Redes Sociais.

O vereador de Curitiba Eder Borges registrou, em vídeo, uma abordagem feita a uma criança de 8 anos que circulava pelo Centro da cidade vendendo doces. Na gravação, o parlamentar questiona o menino sobre sua idade, sobre a presença de responsáveis e sobre as condições em que estaria no local. Borges afirma que a situação representa um caso de possível exploração infantil, prática que, segundo ele, ocorre com frequência na região central.

Durante a conversa, o vereador pergunta ao menino onde estaria sua mãe e se ela poderia falar com ele. O garoto responde de forma hesitante, mencionando inicialmente a presença de um tio e afirmando depois que o responsável teria ido ao banheiro. Diante das respostas, Borges comenta que as crianças seriam “treinadas” para evitar diálogos mais diretos, o que, em sua avaliação, dificultaria a identificação das circunstâncias em que vivem.

A gravação também mostra o vereador se aproximando de uma mulher que ele acredita ser mãe de algumas das crianças que vendem doces no local. Ao perguntar como funciona a rotina das famílias, a mulher pede que não seja filmada. Em seguida, ao ser questionada sobre a criança de 8 anos, ela dá um tapa no menino, o que leva Borges a afirmar que, além da exploração, haveria um ambiente de agressões. Após o episódio, a mulher deixa a região acompanhada das crianças.

Borges relata ainda que algumas pessoas tentaram interromper a gravação e se afastaram rapidamente depois da abordagem. Em certo momento, uma pedra é levantada, gesto interpretado pelo vereador como uma tentativa de intimidação. Ele reforça na gravação que as crianças estariam sendo orientadas a pedir esmolas e a criar estratégias para evitar conversas com adultos, enquanto deveriam estar inseridas em programas de proteção social da Prefeitura ou em organizações dedicadas ao acompanhamento infantil.

Ao final do vídeo, o vereador afirma que acionará o Ministério Público e o Conselho Tutelar para apurar as circunstâncias e fiscalizar a situação. Segundo ele, o objetivo é impedir que práticas de exploração infantil continuem ocorrendo na cidade. Borges também faz um apelo para que a população evite dar dinheiro a crianças nas ruas, argumentando que isso contribui para perpetuar o problema.

 

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