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Vendas de imóveis usados seguem em alta em Curitiba

XV CURITIBA
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Foto: Arnaldo Alves / ANPr.

Dados referentes ao pagamento do ITBI na capital durante o primeiro semestre de 2021 somam R$ 249 milhões

 

 

As vendas de imóveis usados seguem em ritmo acelerado em Curitiba. Variáveis como farto volume de crédito, baixo nível de juros e até a mudança no perfil de consumo formam um cenário ideal para o setor, apontam especialistas do Secovi-PR (Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná).

 

“A pandemia atrasou um pouco o início do ciclo da alta do mercado imobiliário, deixando-o menos condensado, mas mesmo assim com um volume de vendas muito bom”, explica o vice-presidente de Comercialização Imobiliária da entidade, Luciano Tomazini. “Mesmo em 2020 já víamos o volume de vendas de usados em Curitiba bater patamares atingidos em 2013, durante o período que ficou conhecido como ‘boom imobiliário’”, afirma.

 

O momento do mercado imobiliário em Curitiba, de uma maneira geral, pode ser comprovado pelo volume de arrecadação do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que em junho deste ano bateu a marca de R$ 52 milhões na cidade. No acumulado do primeiro semestre de 2021, a arrecadação foi de R$ 249 milhões.

 

“O arrecadado durante todo o ano de 2016, por exemplo, foi R$ 259 milhões”, compara Tomazini. “Os dados da prefeitura reforçam esse movimento do mercado, não apenas no volume de arrecadação, mas também no número de guias”, frisa.

 

Cenário positivo e expectativas

Para Jean Michel Galiano, presidente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, além dos juros baixos, o crédito farto e até um consumo reprimido nos últimos anos, em decorrência da crise econômica, já criavam, por si só um cenário positivo para o segmento imobiliário.

 

“Com a chegada da pandemia em março de 2020, vimos o início de uma mudança na percepção e no perfil de consumo. Passamos a observar variáveis de escolha, como comodidade e lazer, tornarem-se mais importantes do que o endereço propriamente dito”, reforça Galiano.

 

Morar perto do trabalho, neste momento, por exemplo, perdeu a atratividade na comparação com pontos como tamanho do imóvel e existência de quintal. Como as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, uma boa estrutura de lazer passou a ter mais apelo, especialmente para aqueles que têm filhos.

 

Galiano também reforça que a própria necessidade de readequar a moradia passou a impulsionar as decisões. “Surgiram necessidades diferentes, como a de ter um espaço adequado para montar um escritório em casa. Assim, quem já estava inclinado a fazer melhorias na moradia está aproveitando as condições”, reforça.

 


 

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