Em 2015, o caso de Renata Muggiati, uma fisiculturista que supostamente teria se jogado da janela do apartamento onde morava com o companheiro, no 31° andar de um edifício no Centro de Curitiba, chocou os curitibanos.
Entre indas e vindas, as investigações levaram a crer que na verdade teria ocorrido um homicídio por parte de seu noivo, o médico Raphael Suss Marques.
Nessa quarta-feira (9), finalmente ocorreu a decisão de pronúncia do suspeito. Tal sentença faz com que Raphael Suss Marques seja julgado pelo Tribunal do Júri.
Além de ser acusado por ter supostamente cometido homicídio qualificado (crime doloso contra a vida), o médico irá também responder pelos crimes de lesão corporal e fraude processual.
A juíza salientou sua decisão entendendo que “o laudo de exame de local e o resultado da reprodução simulada dos fatos, constituem indicativos aptos a corroborar a tese de ocorrência do crime de homicídio, sobretudo porque indicam inconsistências na versão de suicídio apresentada pelo acusado.”
Sobre as provas testemunhais, assim relatou a doutora “na data dos fatos, ouviram um grito feminino muito alto e, após, uma batida/estrondo. Assim, verifica-se que existem indícios suficientes de autoria e da existência do delito de fraude processual, conexo ao crime de homicídio qualificado, pelo que deve o acusado ser submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri.”
Embora seja possível que se recorra em liberdade enquanto não transitada em julgado a sentença criminal, a juíza optou por manter a prisão do pronunciado. ‘”Ressalte-se que o acusado estava em período de monitoração eletrônica e outras medidas cautelares diversas da prisão quando fatos supervenientes foram demonstrados, indicando o reiterado descumprimento delas, restando comprovada a imprescindibilidade da ordem de prisão preventiva.”