Nesta sexta-feira (28/2), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga quatro casos suspeitos de infecção humana pelo novo coronavírus. Dois deles são novos.
As quatro pessoas viajaram por regiões da Itália, país com grande circulação da doença, entre a última semana de janeiro e segunda quinzena de fevereiro.
Os dois primeiros pacientes são um casal – um homem de 30 anos e uma mulher de 25 anos. Ambos estão em isolamento domiciliar voluntário.
O terceiro caso é um homem de 42 anos que apresentava, inicialmente, sinais de resfriado leve, tosse e coriza. Houve piora dos sintomas, com febre e dificuldade para respirar, e ele buscou um hospital da rede privada, onde permanece internado em quarto isolado, para tratamento por infecção pulmonar. O quadro de saúde do paciente é estável.
O último caso é o de um homem de 41 anos que apresentou sintomas semelhantes a uma gripe, com febre, tosse, coriza. O caso foi atendido no ambulatório de saúde da empresa onde ele trabalha. Após avaliação, ele foi orientado a permanecer em isolamento domiciliar voluntário.
Em todos os casos suspeitos houve coleta coletas de amostras para exames laboratoriais. Os materiais coletados foram encaminhados para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) e aguardam resultado.
Europa
O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides Oliveira, esclarece que com a inclusão da Europa como área de circulação da doença a tendência é um aumento no número de casos suspeitos no Brasil.
“Os países europeus são destinos de grande número de turistas, com a doença circulando nessa região o risco de propagação do vírus para os outros países fica muito maior. Diariamente temos pessoas vindo e indo para a Europa”, explica Oliveira.
Os pacientes de casos suspeitos que permanecem em isolamento domiciliar voluntário são monitorados diariamente para acompanhamento da evolução do quadro de saúde.
A secretaria solicita ainda que estes pacientes informem a relação das pessoas com quem tiveram contato próximo desde o início dos sintomas. Elas também serão monitoradas.
Definição de caso suspeito
A infecção respiratória é causada por um novo vírus, portanto o comportamento e evolução dos casos está sob constante monitoramento das autoridades nacionais e internacionais de saúde. Até o momento são considerados casos suspeitos as seguintes situações:
Situação 1: Febre e pelo menos um sintoma respiratório – tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais (alargamento da abertura das narinas durante a respiração) – e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
Situação 2: Febre e pelo menos um sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) e histórico de contato próximo com algum caso suspeito, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;
Situação 3: Febre e pelo menos um sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) e contato próximo com algum caso confirmado de coronavírus, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas.
Como prevenir
O coronavírus pode ser transmitido de forma semelhante à influenza ou outros vírus respiratórios, pelas gotículas respiratórias, por tosse e espirros em curta distância ou pelo contato com objetos contaminados pelo vírus.
• Higienizar as mãos com frequência com água e sabonete líquido ou formulação alcóolica a 70%, principalmente antes de consumir algum alimento.
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
• Cobrir nariz e boca (pode ser com o cotovelo ou com lenços descartáveis) quando espirrar ou tossir.
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, e sempre higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos, garrafas, canudos, cigarros ou batons.
• Manter ambientes bem ventilados, evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
• Evitar contato próximo com animais silvestres e animais doentes em fazendas ou criações.
• Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com lenços descartáveis e após higienizar as mãos).