Sinpes informou que acionou o Ministério Público do Trabalho após denúncias de demitidos; grupo que administra a universidade disse que enfrenta problemas por reflexos da pandemia.
A Universidade Positivo demitiu, nesta quinta-feira (16), 60 professores por meio de reuniões feitas pela internet, segundo o Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes).
Os representantes da categoria informaram que receberam denúncias de profissionais demitidos, que relataram que a universidade pretende fechar cursos presenciais de licenciatura.
De acordo com o sindicato, os profissionais demitidos disseram que não haverá mais aulas presenciais nas graduações de Ciências Biológicas, Educação Física, Pedagogia, Química, Matemática e Física.
Ainda conforme a categoria, a universidade "esperou" que passasse a data limite de entrega das notas dos estudantes, na quarta-feira (15), para divulgar as demissões.
Ao divulgar as primeiras 50 demissões, o sindicato informou a seguinte relação de professores demitidos: sete demissões em Biologia, outras sete em Medicina, quatro em Psicologia, três no curso de Engenharia, duas em Direito, duas em Publicidade e Propaganda, uma demissão em Design e a demissão de todos os professores do curso de Educação Física.
Repercussão
Após as denúncias, estudantes da Universidade Positivo fizeram protestos nas redes sociais, apoiando os professores da instituição.
O Sinpes disse que está reunindo as informações necessárias sobre as denúncias e que fez um pedido de mediação ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Conforme publicação do Sinpes, os cursos de graduação da modalidade presencial podem oferecer até 40% das aulas no formato à distância, graças a uma portaria do Ministério da Educação (MEC), publicada em 2018. Anteriormente, segundo o sindicato, o limite era de 20%.
"Grandes grupos educacionais como a Cruzeiro do Sul têm se valido dessa portaria e imposto mudanças na matriz curricular dos cursos, na tentativa de reduzir custos e aumentar lucros. A UP pretende implementar, até 2021, uma nova matriz curricular que fortalece o EAD", informou o Sinpes.
O sindicato disse que "com ela, a instituição não ofertará mais cursos totalmente presenciais, ou seja, quase metade das aulas serão à distância. Com isso professores perdem emprego, já que a demanda por mão de obra docente diminui, e os estudantes".
Fonte G1, leia a matéria completa clicando aqui