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União Brasil celebra saída de vereadores de Curitiba considerados ‘Infiéis’ ao partido

XV CURITIBA
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Foto: ALEP

Na última semana, o cenário político de Curitiba foi marcado por uma reviravolta significativa. A Comissão de Ética do partido União Brasil emitiu um ultimato aos seus oito vereadores filiados na capital paranaense, exigindo que se desvinculassem da legenda sob pena de expulsão por infidelidade partidária. Em resposta, nesta terça-feira, dia 12, um pronunciamento conjunto desses vereadores revelou sua decisão de atender ao pedido do partido, optando pela desfiliação coletiva.

Os vereadores envolvidos nesse movimento são figuras conhecidas na política local: Serginho do Posto, Zezinho do Sabará, Sabino Picolo, Mauro Ignácio, Toninho da Farmácia, João da Loja 5 Irmãos, Sargento Tânia Guerreiro e Rodrigo Reis. Este grupo, todos eleitos pelo voto popular em Curitiba, escolheu seguir o vice-prefeito da cidade e pré-candidato à prefeitura, Eduardo Pimentel, sinalizando uma reorganização significativa das forças políticas locais em preparação para as próximas eleições.

A decisão dos vereadores vem após um período de crescente distanciamento entre eles e a direção do União Brasil, marcado por divergências políticas. Desde as eleições estaduais, os vereadores se mostraram desalinhados com a estratégia e os candidatos do partido, optando por não apoiar os deputados federais e estaduais, assim como o senador da legenda. “Não apoiaram nossos deputados federais e nem estaduais, o senador menos ainda”, declarou Cristiano Ribas, responsável pela montagem da chapa de vereadores para 2024, evidenciando o descontentamento com o grupo.

Apesar do tom severo adotado pela Comissão de Ética do partido, as reações às desfiliações foram marcadas por um discurso de compreensão e até certa cordialidade. Ney Leprevost, deputado e presidente do União Curitiba, expressou não ter “nenhuma animosidade” com os vereadores desfiliados, alguns dos quais descreveu como “amigos queridos”. Para Leprevost, a situação é “meramente política”, uma vez que os vereadores, alinhados ao grupo do prefeito, necessitam do apoio da máquina municipal para suas reeleições e, por isso, precisam integrar partidos da base aliada.

Leprevost ainda destacou a postura franca do União Brasil em relação aos vereadores, ressaltando a importância de evitar conflitos judiciais. Com a saída do grupo, o partido se concentra agora em renovar seu quadro de candidatos para as eleições municipais de 2024, com a expectativa de eleger entre seis e oito vereadores. “Queremos apoiar gente nova na política”, afirmou, estendendo votos de “boa sorte nas urnas” e desejos de “muita saúde e alegria na vida pessoal” aos vereadores que partiram. Este episódio reconfigura o tabuleiro político curitibano, antecipando um período de intensas movimentações e alianças em preparação para o próximo pleito.

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