No último domingo (5), a Netflix liberou de surpresa o terceiro filme da trilogia do universo Cloverfield. Para quem não lembra, o primeiro longa foi lançado em 2008, com o nome "Cloverfield – Monstro", seguido por "Rua Cloverfield, 10", um espécie de spin-off, que saiu em 2016.
Assista aos trailers para dar aquela situada, né?
Com direção de Julius Onah e produção de J.J Abrams (Westworld), este é o filme da franquia que teve o menor orçamento – US$15 milhões – e mostra um grupo de astronautas que está fazendo alguns testes com um acelerador de partículas no espaço sideral, na tentativa de evitar maiores conflitos entre as nações terrestres devido à escassez de energia.
Depois de várias tentativas falhas, o experimento finalmente dá certo. Porém, a estação "perde" a Terra e diversos acontecimentos estranhos e inexplicáveis acontecem a partir daí, fugindo dos filmes que focam na típica paranoia espacial.
Confira o vídeo:
SPOILER:
Você foi avisado e teremos alguns spoilers para ajudar a compreender o que rolou, já que, apesar de explicar a causa do primeiro longa, a produção tem um alto nível de autonomia.
O teste com o acelerador de partículas dá certo e, acidentalmente, a estação espacial é lançada para outra dimensão, perdendo toda a comunicação com a Terra e causando sérias consequências no planeta. A partir daí, os tripulantes precisam lidar com as diferenças de outro espaço e outra realidade, que também está tentando salvar a sua própria "Terra".
Temos personagens desnecessários? Sim! Até o final do longa não conseguimos encontrar uma função para o marido de Hamilton, interpretada pela atriz Gugu Mbatha- Raw, nem a garotinha que ele salva. É uma tentativa superficial de criar conexão com a Terra e com os acontecimentos do primeiro filme, porém não muito bem sucedida.
Entretanto, a produção é tão intrigante que você deixa isso passar e entra de cabeça em um mistério à la "The Twilight Zone".
Também temos um braço (sim, um braço) que foi perdido entre as dimensões e acaba ajudando os astronautas a encontrar a bússola da estação, fazendo com que seja possível encontrar a Terra (ou aquela Terra de lá).
Devemos falar também de Mina Jensen (Elizabeth Debicki), tripulante encontrada presa na parede da estação logo após o rompimento da fenda temporal. Vinda de outra realidade, Jensen procura alertar sobre as atitudes dos tripulantes, baseada nas experiência de sua própria dimensão.
Você disse referências? The Cloverfield Paradox faz referências a outros grandes clássicos misteriosos do universo sci-fi, como "O enigma do horizonte" e "Alien".
Não vamos nos aprofundar muito, senão vamos tecer várias teorias e possibilidades por aqui. Afinal, como o próprio nome diz…um paradoxo.
Para fechar, a conexão com o universo Cloverfield é sutil o que, assim como o "Rua Cloverfield, 10", cria a impressão de que o longa funcionaria bem independente da trilogia. Pode ser um pouco confuso devido à flexão temporal, mas não merece ser descartado.
Assistam e comente o que acharam!
Ps* O segundo filme da trilogia não está disponível na Netflix, mas se você assina NetNow, vai encontrar o título por lá.
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