Uma pesquisa recente realizada revelou que a taxação de compras internacionais de até US$ 50, aprovada pelo Congresso e sancionada em junho, tem amplo apoio entre os brasileiros. O estudo, que entrevistou 2.697 consumidores de diversas regiões do país, mostrou que 80% dos participantes preferem que os produtos adquiridos gerem emprego para trabalhadores locais, enquanto 70% acreditam que a desigualdade tributária afeta negativamente a economia nacional.
Apelidada de “taxa das blusinhas”, a nova cobrança de 20% sobre produtos importados entrou em vigor no mês passado e impacta diretamente grandes sites de compras internacionais, como Shein, Shopee, AliExpress e Amazon. A medida visa equalizar a concorrência entre empresas brasileiras e estrangeiras, conforme defendido por 82% dos entrevistados, que acreditam ser essencial promover uma competição justa entre os mercados.
Além disso, a pesquisa indicou que 69% dos consumidores entrevistados afirmam que a nova taxação também pode impactar a geração de empregos no Brasil, evidenciando a preocupação com o crescimento econômico e a manutenção de vagas de trabalho no país. A tributação, no entanto, não se aplica à compra de medicamentos, mantendo essas transações isentas do imposto.
Desde sua implementação, a “taxa das blusinhas” tem gerado discussões sobre os efeitos na economia e no comportamento dos consumidores. Apesar das críticas de alguns segmentos, a pesquisa do Instituto Locomotiva reforça que a maioria dos brasileiros enxerga a taxação como uma forma de reduzir a desigualdade entre o mercado nacional e os gigantes internacionais, promovendo uma maior valorização da produção local.