Taça das Favelas do Paraná reúne 2.400 atletas com jogos até setembro

XV CURITIBA
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Foto: Ricardo Marajó/SMCS

O campo de futebol do Operário do Pilarzinho será o palco da disputa da Taça das Favelas do Paraná 2024. A competição organizada pela Central Única das Favelas (Cufa-PR), vai mobilizar 2.400 atletas, que representam 160 cidades e integram 96 times: 32 femininos e 64 masculinos. 

A festa de lançamento do evento foi realizada na noite desta terça-feira (25/6), na Ópera de Arame, com a participação do capitão do pentacampeonato da Seleção Brasileira de Futebol, o jogador Cafu, além do prefeito Rafael Greca e do vice-prefeito, Eduardo Pimentel; o presidente nacional da Cufa, Francisco José Pereira de Lima (Preto Zezé); e do presidente estadual, José Antônio Campos Jardim (Zé da Cufa).

“É uma honra estar aqui com vocês hoje, com a ilustre presença do jogador Cafu, que representa a força e a alegria para essa mocidade e, para os curitibinhas, representa mais futebol, mais saúde e uma cidade mais feliz”, disse Greca, que ganhou de presente uma camiseta da Taça das Favelas.

A competição conta com o apoio da Prefeitura de Curitiba, do Governo do Paraná, Ministério do Esporte, Instituto Athús e da TV RPC.

Valorização da comunidade

Eduardo Pimentel lembrou a imagem icônica do capitão Cafu erguendo a taça do penta com os dizeres na camiseta “100% Jardim Irene”, uma referência ao pequeno bairro da periferia paulistana onde o craque passou a infância.

“Naquele momento, no auge da sua carreira, Cafu lembrou de valorizar a sua comunidade, o lugar onde tudo começou, um exemplo para todos nós”, disse Eduardo. 

Ele também comentou a importância de eventos que envolvem a comunidade e citou como exemplo a realização da primeira Expo Favela em Curitiba no ano passado. “Este ano nós esperamos uma grande Taça das Favelas. Vocês estão preparados?”, perguntou Eduardo à plateia. “Que vença o melhor!”, concluiu.

Durante o evento, foi exibido no telão do palco um vídeo com imagens da competição do ano passado. A seleção do Paraná e o time feminino do Rio Janeiro foram os campeões da Taça das Favelas Nacional.

Em seguida, o jogador Cafu entrou em cena com uma camiseta da Taça das Favelas e foi saudado pelo público. “Eu fiz questão de vir aqui prestigiar a abertura da Taça das Favelas. Para mim não existe nada parecido, essa é uma competição do povo, da periferia e isso representa inclusão e promoção da comunidade”, disse o craque, que fez uma palestra para o público.

Sonho realizado

A edição regional da Taça das Favelas é disputada no Paraná e em vários estados do Brasil por equipes masculinas e femininas. O time campeão fará parte de uma seleção única por Estado para disputar o título nacional de campeão da Taça das Favelas.

No Paraná, a final será disputada no dia 21 de setembro em estádio ainda a ser definido. Depois dessa fase, começa a Taça das Favelas Nacional, cujos jogos acontecerão em São Paulo, no período de 9 a 17 novembro. O jogo da grande final está marcado para o dia 30 de novembro.

“Este é o maior campeonato de favelas do Brasil e para mim uma emoção muito grande estar à frente da organização, porque quando eu era menino eu sonhava ser jogador de futebol”, disse o presidente da Cufa-PR, José Antônio Campos Jardim (Zé da Cufa).

Futebol e projeto social

Para Clóvis Miguel dos Santos, dirigente do Clube Molekes da Liberdade, que representa as vilas Zumbi e Liberdade, da cidade de Colombo, é um grande prêmio poder participar do campeonato.

“Participar da Taça das Favelas para nós já uma grande vitória. O Molekes da Liberdade é um projeto social, jogamos no torneio do ano passado, mas este ano conseguimos trazer os times masculino e feminino, o que é um avanço”, comentou Clóvis.

Maior do mundo

A Taça das Favelas é o maior campeonato de futebol entre favelas do mundo. O torneio realizado pela Central Única das Favelas e produzido pela InFavela foi disputado pela primeira vez em 2012, no Rio de Janeiro, e completou 14 anos em 2024.

De acordo com a Cufa, a criação do campeonato foi motivada para porque através a participação dos integrantes se converte em fator de integração social, além dos benefícios resultantes da prática regular de esportes. 

Assim, a organização do campeonato oferece, antes do início dos jogos, em todos os estados que recebem o projeto, workshops sociais para jogadores e técnicos, que vão desde cuidado com a alimentação até educação financeira.

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