Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo e causar a morte de três pessoas, foi encontrada sem vida na última quinta-feira (13) na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, no Rio Grande do Sul. Antes de morrer, a detenta deixou mensagens em sua cela, incluindo um recado escrito em uma camiseta.
Na mensagem, Deise negava ser assassina e mencionava sua luta contra a depressão. “Não sou assassina, só sou um ser humano fraco com depressão por tanto sofrer e pagar pelo erro (e ingratidão) dos outros”, escreveu.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte, que, a princípio, é tratada como suicídio. A principal hipótese é de que Deise tenha tirado a própria vida após receber a notícia de que seu marido, Diego dos Anjos, havia solicitado o divórcio um dia antes. O homem teria enviado um advogado ao presídio para pedir a aliança de volta e comunicar a decisão judicial.
A delegada Karoline Calegari, responsável pelo caso, revelou que Diego já cogitava a separação antes mesmo da acusação contra a esposa, especialmente após a morte de seu pai. A investigação aponta que Deise pode ter sido responsável também pelo falecimento do sogro, três meses antes do caso do bolo envenenado. Entretanto, o marido teria adiado a decisão de romper o casamento por preocupação com o filho do casal.
A suspeita enfrentava acusações de homicídio após a morte de três pessoas, supostamente envenenadas pelo bolo. O caso ganhou grande repercussão e Deise estava sob custódia aguardando desdobramentos judiciais. Com sua morte, a investigação segue para esclarecer os detalhes do ocorrido, enquanto familiares das vítimas aguardam respostas sobre os crimes atribuídos à detenta.
