Em resposta aos efeitos devastadores da crise climática no Rio Grande do Sul, supermercados em São Paulo, Minas Gerais e Paraná começaram a adotar medidas restritivas na venda de arroz. Essas ações visam a preservação dos estoques e a garantia de disponibilidade para todos os consumidores, estabelecendo um limite no número de unidades que cada cliente pode comprar.
Essas restrições estão sendo principalmente implementadas por pequenos varejistas que não possuem centros de distribuição próprios e por gerentes de grandes redes preocupados com possíveis interrupções na logística de transporte. Até o momento, não há uma política unificada de restrição nas grandes redes de supermercados, mas medidas preventivas já estão em vigor em várias lojas.
O Rio Grande do Sul, principal produtor de arroz do Brasil, contribui com cerca de 70% da produção nacional. A crise não só afeta a disponibilidade de arroz mas também impacta a distribuição de outros produtos essenciais como soja, milho, leite e proteínas animais, incluindo aves, suínos e bovinos. A interrupção de trechos rodoviários no estado tem dificultado o fluxo de caminhões, comprometendo o abastecimento regular de mercadorias.
Além do arroz, a demanda por água potável disparou, com um aumento de até 12 vezes na procura. Este aumento extraordinário pode resultar em mais restrições na venda de produtos essenciais.