A ministra Maria Marluce Caldas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a suspensão do monitoramento eletrônico imposto ao prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes, e a outros quatro investigados na Operação Fake Care. A decisão, assinada no início de dezembro, foi encaminhada ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que deve realizar a retirada das tornozeleiras nesta quarta-feira (10).
A medida alcança também o auditor do Tribunal de Contas do Estado, Alberto Martins de Faria, o empresário Samuel Antônio da Silva Nunes, o comentarista esportivo Abrilino Fernandes Gomes e o ex-secretário municipal Francisco Roberto Barbosa. Todos respondem a uma denúncia do Ministério Público do Paraná, que atribui ao grupo participação em um esquema de desvios na Secretaria Municipal de Saúde.
Além do fim do monitoramento eletrônico, o STJ revogou o recolhimento domiciliar noturno. Algumas restrições judiciais, porém, seguem em vigor, como a proibição de ocupar cargos públicos, o impedimento de contato entre os investigados, a restrição de acesso a órgãos envolvidos na apuração e a vedação para deixar o país.
A ordem foi emitida após recurso apresentado pela defesa de Samuel Nunes e acabou estendida aos demais réus. O cumprimento da decisão foi confirmado pela 2ª Câmara Criminal do TJ-PR, que expediu os documentos necessários para encerrar o monitoramento.
A Operação Fake Care foi deflagrada pelo Gaeco em outubro e investiga um esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo contratos da saúde entre 2022 e 2025. Conforme a denúncia, o grupo teria movimentado cerca de R$ 39,5 milhões, dos quais mais de R$ 10 milhões seriam verbas municipais. Parte dos pagamentos, segundo o MP-PR, seria realizada em dinheiro para manter contratos considerados irregulares.







