O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (22) para manter a prisão do ex-jogador de futebol Robinho. O julgamento, que está sendo realizado em plenário virtual, conta atualmente com seis votos a favor da manutenção da prisão contra apenas um voto divergente. Embora a maioria já tenha sido alcançada, o julgamento continuará em aberto até a próxima terça-feira (26), quando todos os ministros devem concluir seus votos.
Robinho está preso na Penitenciária II de Tremembé, localizada no interior de São Paulo, onde cumpre pena em decorrência de uma condenação por estupro ocorrida na Itália. A vítima é uma mulher de nacionalidade albanesa, e o crime teria ocorrido em 2013, enquanto Robinho jogava por um clube italiano. O caso ganhou ampla repercussão, envolvendo diversas instâncias da justiça italiana e, posteriormente, uma decisão de cooperação entre Brasil e Itália para que a pena pudesse ser cumprida em território brasileiro.
O julgamento no STF está sendo feito de forma virtual, um sistema que permite aos ministros depositarem seus votos até uma data limite sem necessidade de uma sessão presencial. Até o momento, a maioria dos votos foi favorável à manutenção da prisão do ex-atleta, refletindo a compreensão de que a decisão judicial original deve ser mantida, garantindo o cumprimento da pena estipulada.
Apesar da formação da maioria, o julgamento só será considerado concluído na próxima terça-feira, às 23h59, momento em que todos os votos terão sido computados. A expectativa é de que os demais ministros sigam o entendimento já estabelecido pela maioria. O caso de Robinho teve grande impacto tanto na opinião pública quanto no mundo do futebol, reabrindo debates sobre a responsabilidade e as consequências das atitudes de figuras públicas.
Atualmente, Robinho permanece em Tremembé, onde se encontra desde a decisão judicial que determinou sua prisão. A penitenciária é conhecida por abrigar presos de casos de grande repercussão. A decisão do STF de manter a prisão reforça o compromisso da justiça brasileira com a cooperação internacional e o combate a crimes sexuais.