O governador Carlos Massa Ratinho Junior fez um apelo para que os municípios paranaenses acelerem a velocidade da vacinação contra a Covid-19 em seus territórios e imunizem o maior número possível de sua população. A mensagem foi transmitida durante uma reunião virtual com os secretários municipais da Saúde, realizada na tarde desta terça-feira (23).
Segundo o governador, o Paraná será impactado, dentro das próximas semanas, por um aumento na escala de produção das doses pelo Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – responsáveis pela produção das vacinas Coronavac e Astrazeneca/Oxford, respectivamente. Cada um dos laboratórios poderá chegar a 1 milhão de doses produzidas por dia, o que dará ao Paraná um fluxo de 300 mil a 400 mil doses de vacinas por semana.
“Quem vai salvar o Brasil da pandemia são os nossos institutos, a Fiocruz e o Butantan. Outros laboratórios internacionais também serão importantes, mas isso em um segundo momento, possivelmente só em meados do segundo semestre de 2021”, afirmou o governador.
Ratinho Junior defendeu a necessidade de ampliar horários e locais de vacinação para chegar a todos os habitantes. “Meu pedido é que vocês se dediquem. Se puderem, vacinem de domingo a domingo, comecem entre 6h e 7h da manhã, para vacinar idosos que têm hábito de acordar mais cedo. Essa estratégia nos ajuda a ganhar velocidade e, tendo mais pessoas vacinadas, possivelmente conseguiremos diminuir ainda mais o número de internações, que são nosso grande problema devido à superlotação por conta dessa nova cepa”, explicou Ratinho Junior.
A recomendação é de aplicar todas as doses já disponibilizadas, de modo a manter uma velocidade contínua de distribuição. Na última semana, os municípios tinham aplicado em média 70% das doses já recebidas. Até esta terça, haviam sido aplicadas 84,4% das primeiras doses disponíveis no Estado, totalizando 610.162 paranaenses.
O secretário estadual da Saúde Beto Preto reforçou o pedido, endossando que é importante otimizar a logística para que não se percam doses. “A vacina não tem nenhum valor financeiro para nós, mas tem um enorme valor sentimental. Uma dose que se perde nesse momento é alguém que deixou de ser imunizado. Queria reforçar a meta de vacinar 2% da população apenas nesta semana. Para isso, cada município deve usar sua melhor estratégia. O importante é não deixar a vacina parada”, afirmou.
“Assim como eu, possivelmente todos os secretários do Paraná foram inundados com propostas de vacinas – da Rússia, da China, dos EUA. Mas está muito claro para nós que quem vai conseguir nos fazer atravessar essa pandemia neste primeiro momento são a Fiocruz e o Butantan”, acrescentou o chefe da Casa Civil, Guto Silva. “O grande volume de vacinas será através desses dois laboratórios, e vamos focar nossa estratégia em cima disso”.