O mundo todo tem se adaptado a uma nova realidade. Afinal, todos vivem um momento sem precedentes na história. O isolamento social em decorrência da pandemia do novo coravírus refletiu diretamente na forma como a sociedade funciona e, consequentemente, no mercado. No Brasil, para tentar frear a disseminação rápida do vírus, as pessoas entraram em quarentena obrigatória ou voluntária, criando um cenário atípico que já dura mais de quatro meses. Como era esperado, isso impactou de forma significativa o setor da gastronomia, visto que houve proibições de consumo nos ambientes físicos dos empreendimentos, que passaram a focar nos serviços via delivery.
O Siréne Fish & Chips, maior rede de fish & chips do Brasil, preparo tradicionalmente inglês composto por peixe e batata frita, tem apostado em várias estratégias para driblar esse momento e permanecer no radar de seus clientes. Durante a pandemia, a marca inaugurou uma nova operação em São Paulo (SP), que fica no baladado Beco do Batman, na Vila Madadelena.
Os sócios também estão mais próximos das operações nesse período e as ações com influenciadores digitais têm sido uma grande aposta para disseminar os produtos e os valores da rede. “Queremos fazer com que o fish & chips se torne o novo hambúrguer no Brasil, lá fora, ele já é muito forte. Além disso, esse trabalho com influenciadores acaba atingindo pessoas que não conhecem nossa marca ou nosso produto, fazendo com que a gente chegue em um número maior de pessoas”, ressalta Raphael Umbelino, sócio proprietário do Sirène. O contato direto com clientes e funcionários pode ser uma forma de ter a melhor percepção das coisas, pois assim é possível identificar de forma mais fácil problemas de operação e necessidades que os clientes têm.
Quando uma marca começa a expandir, o trabalho fica mais duro, surgem mais dificuldades pela frente e há uma tendência natural dos proprietários se afastarem da operação, claro que isso só ocorre a partir do momento que exista uma equipe de confiança e que já conheça todos os processos da rede. “Essa reaproximação nos faz viver o dia a dia da operação novamente e com isso conseguimos enxergar falhas que existiam em processos. Então aproveitamos esse tempo que diminuiu o movimento para nos organizarmos internamente em relação a estrutura da franqueadora, aprimorando nossos manuais e melhorando nossos treinamentos buscando uma padronização ainda maior, descartando processos desnecessários”, explica Lucas Müller, também sócio do Sirène.
A rede sempre teve um consultor de campo/supervisor acompanhando as operações, mas agora essa função foi fortalecida e também foi criado um canal direto para franqueados e clientes. Assim todos ficam mais próximos permitindo uma maior facilidade de entender as mudanças necessárias. “Estar em constante evolução nem sempre é fácil, é preciso estar atento o tempo inteiro na operação, pois a forma de consumo muda, as pessoas mudam e de uma hora para outra é preciso alterar coisas na operação também, se adaptar à nova realidade e suprir as necessidades tanto dos colaboradores quanto dos clientes”, completa Lucas.