Para quem gosta de passeios em meio à natureza com muita história e aventura a Serra do Mar do Paraná é um prato cheio. A formação rochosa que divide o litoral do primeiro planalto do estado preserva 386 mil hectares de mata atlântica.
O seu tombamento como Patrimônio Cultural do Paraná há 30 anos e os vários Parques Estaduais, Federais e Municipais ou Reservas do Patrimônio Particular Natural (RPPN) lhe garantem o título de área continua de mata atlântica mais bem preservada de todo o país.
Essa área abrange os municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá, Piraquara, Campina Grande do Sul, Quatro Barras, São José dos Pinhais e Tijucas do Sul. É a prova de que, ao longo dos anos, os poderes público e privado souberam aliar, nessa região, de alguma forma, o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
Além do meio ambiente, a Serra do Mar preserva a história do desenvolvimento do Paraná, desde a época da colonização até os avanços de infraestrutura para promover o escoamento da produção do estado para o porto de Paranaguá, e assim por diante. Dentre esses locais que preservam história e natureza, um dos mais conhecidos e visitados desses locais é o Parque Estadual do Marumbi.
Com mais de 8.700 hectares o parque é a maior unidade de conservação do estadual aberta ao público. O local é considerado Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco, pela proteção à Floresta Atlântica.
A principal forma de acesso ao parque é por trem, que sai diariamente da Rodoferroviária de Curitiba e leva cerca de duas horas até ao centro de visitantes do Parque. Optando por esse meio de transporte, você vai conhecer outro personagem da história do Paraná, a ferrovia.
A estrada de ferro rende um texto a parte para contar a sua história e atrativos. No próximo texto da coluna falarei um pouco sobre esse trajeto lindo em meio a mata preservada.
Mas, se você preferir pode ir ao Parque Estadual do Marumbi de ônibus, saindo de Curitiba até a rodoviária de Morretes. Lá um ônibus municipal leva as pessoas até o vilarejo de Porto de Cima e os turistas podem continuar a viagem a pé em meio as trilhas do parque.
Outra opção para chegar ao parque é de carro. Nesse caso, você deve seguir pela BR-116 e entrar na Estrada da Graciosa (outro ponto que rende um capitulo a parte), seguindo até o vilarejo de Porto de Cima. Os 8 quilômetros restantes, até a Estação do Marumbi, podem ser feito a pé ou de bicicleta.
Além da pequena e histórica estação preservada e reformada recentemente pelo Governo do Estado, o Parque Estadual do Marumbi possui outros lindos atrativos para quem gosta de trilhas e montanhismo.
O Conjunto Marumbi é composto por oito cumes, entre eles o Monte Olimpo, um dos pontos preferidos dos turistas e, principalmente, os montanhistas por ter 1.539 metros de altura. O Conjunto se destaca pela vista, trilhas íngremes e conta com opções de escaladas em todas as modalidades e graus de dificuldades.
O parque também preserva o Salto dos Macacos, um paredão de 70 metros de altura com duas cachoeiras e uma profunda piscina natural. A trilha de acesso começa na estrada das Prainhas, com um percurso que dura cerca de duas horas. Por medida de segurança, a subida até o local só é permitida para turistas que chegarem até às 9h no parque.
Os turistas que quiserem conhecer o local precisam planejar o passeio com antecedência e prestar atenção no que levar, além de vestir roupas leves e sapatos resistentes. É sempre recomendado levar consigo água, alimentos leves, protetor solar e repelente.
Para a segurança de todos, o Instituto Ambiental do Paraná, responsável pelo local, exige o preenchimento completo do cadastro de visitação, com informações pessoais e contatos para emergência. Além disso, é imprescindível que os visitantes comuniquem os funcionários do parque quando estiverem deixando o local.
A principal função do parque é preservar o meio ambiente, por isso as normas do local e as orientações dos funcionários precisam ser sempre respeitadas. Entre elas, não retirar plantas ou animais silvestres do seu habitat natural, não fazer fogueiras e seguir a sinalização das trilhas mantidas pela administração do parque.
Para os mais aventureiros, a Unidade de Conservação conta com um camping gratuito. Mas atenção! O acampamento no Parque só é permitido dentro dessa área, em outros locais é terminantemente proibido.
O camping tem capacidade máxima de 30 barracas, ou seja, aproximadamente 100 pessoas. Para ter acesso ao espaço os interessados devem fazer um cadastro indicando a finalidade e o tempo estimado de permanência. As reservas poderão ser feitas pelos telefones (41) 3462-3598 e (41) 3462- 4352 no horário de atendimento do parque (entre as 8 e 18 horas).