Com 18 buracos, o campo se eleva ao padrão internacional e está entre os
maiores do Brasil
O Golfe, esporte gracioso, emocionante e que proporciona o contato com a
natureza, ficará ainda mais desafiador para os golfistas paranaenses, pois
neste sábado (4), o Santa Mônica Clube de Campo inaugura os 18 buracos do
seu campo, com quase 7 mil jardas, que o elevará ao patamar de um dos
maiores do Brasil e ao padrão internacional. Não somente a quantidade de
buracos que foi aumentada, mas o nível técnico e o desenho do campo. Para
celebrar este marco, será realizado a partir das 8 horas o Torneio Festivo
(Trincas Scramble), que envolverá cerca de 90 golfistas, e às 14 horas,
acontece a cerimônia oficial da inauguração, na Sede do Golfe. Além de
duplicar a capacidade de atendimento, ele poderá sediar competições do
padrão oficial.
O redesenho do campo de golfe contempla uma área de 30 alqueires foi
elaborado por François Cazabon, que é golfista e árbitro internacional da
Profissional Golfers Association – PGA, com participação nos Jogos
Olímpicos do Rio 2016, e é associado do Santa Mônica Clube de Campo.
Segundo ele, o maior desafio foi mudar o sentido do campo e ver se tinha
área para se realizar este trabalho, segundo as regras existentes. “Foram
muitas horas de estudo, de Google Earth, para conseguirmos mudar o
projeto”, destaca.
O golfe está entre os esportes mais praticados no Santa Mônica, modalidade
está em desenvolvimento no Clube há mais de 20 anos. Foram muitas etapas
para chegar à conclusão dos 18 buracos. A gestão atual, presidida por
Aniceto Zanuzzo, há cinco anos, pegou o Campo de Golfe com 10 buracos e
concentrou as atenções para que o projeto saísse do papel. De acordo com o
presidente, a conclusão dos 18 buracos só é uma realidade hoje, porque o
Clube fez uma permuta histórica em 1988, na Gestão do Presidente Omar
Rachid Fatuch, com a União, de 51 alqueires, área onde se localiza o campo
de golfe. “Sem essa área, não teríamos local para construir uma obra deste
porte. Desde o Fatuch, cada gestão sucessiva, deu sua contribuição para que
o esporte se desenvolvesse. Estamos muito felizes em entregar mais esta
obra aos associados e aos golfistas de todo o Paraná. Disponibilizaremos um
campo oficial para a prática do Golfe com 18 buracos e acesso asfaltado,
com excelentes condições para sediar grandes competições, pois atende todos
os requisitos da Confederação Brasileira de Golfe”, revela.
Novo Layout
O projeto inicial do campo foi redesenhado em 2010, na gestão do Diretor de
Golfe Arnaldo da Costa, um trabalho realizado em equipe com a dupla
François Cazabon e Julio Azevedo, profissional de Golfe que trabalha no
Clube, que depois de muitas horas de estudos e caminhadas no local,
deixaram o projeto mais enxuto, tornando o campo mais suave, com um melhor
aproveitamento do relevo local, com menos descidas e subidas. O campo de
Golfe moniquense é o mais longo do Estado e promete com os devidos
acabamentos ser um dos os melhores do Paraná. Leva-se em média 4 horas para
ser percorrido, falando em tempo de jogo. “Aproveitamos os nove buracos
existentes (o lado nobre que nós chamamos) e também os desníveis do
terreno. Especialmente os greens que é a parte mais cara e que já estavam
prontos. Tínhamos plantas chaves que não poderíamos mexer e redesenhamos o
que foi possível”, completa Julio.
De acordo com François, um fato interessante é que os buracos 1, 9 e 18
estão bem próximos da Sede do Golfe, permitindo que o golfista inicie e
termine o seu jogo na frente dela. A beleza visual encanta os praticantes,
que ao jogar passam por diversos locais que enchem os olhos, lagos, árvores
e vista panorâmica da cidade.
Visibilidade no Esporte
Segundo o Presidente da Confederação Brasileira de Golfe, Euclides Gusi,
construir um campo de golfe de 18 buracos é de extrema importância para o
desenvolvimento do esporte no Brasil. “Este é um grande passo do Santa
Mônica. As vantagens são imensas, com 18 buracos, o campo comporta muito
mais jogadores simultaneamente. Os golfistas ganham mais nove desafios
diferentes. Com esse padrão de campo, o Clube poderá sediar torneios com um
maior número de competidores. O golfe brasileiro, apesar de ter mais de 100
anos, ainda é um bebê. Temos um potencial imenso para crescimento. A
entrada do esporte nas Olimpíadas deu muita visibilidade, mas ainda há
muito a se fazer. Certamente, iniciativas como a do Santa Mônica só
ajudarão a desenvolver este esporte”, afirma.