A Polícia Civil de Curitiba elucidou, no último domingo (9), o desaparecimento da jovem Raíssa Suellen, de 24 anos, com a confissão do humorista Marcelo Alves, de 40 anos, que admitiu tê-la matado e ocultado seu corpo com a ajuda do próprio filho. A vítima, natural da Bahia, havia sido vista pela última vez em 2 de junho, após pegar uma carona com o suspeito, com destino a Sorocaba (SP), onde iniciaria um suposto novo emprego.
Marcelo, que atuava como comediante de stand-up sob o nome artístico “Alves Li Pernambucano”, se apresentou à polícia e revelou detalhes do crime. Em seu depoimento, contou que, após se declarar para Raíssa e ser rejeitado, a estrangulou com um “enforca-gato”. O corpo foi enrolado em uma lona e enterrado em uma área de mata na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
A história entre os dois começou ainda na infância, em Paulo Afonso, no norte da Bahia, onde Marcelo ministrava aulas de kung fu em um projeto social. Foi nesse contexto que conheceu Raíssa e seus familiares, mantendo contato com a jovem ao longo dos anos. Já em Curitiba, ele teria sido responsável por ajudá-la a encontrar trabalho e moradia, sendo visto por ela como uma figura paterna. A jovem chegou a viver com Marcelo e seu filho, Dhony Alves, antes de se mudar para o bairro Portão.
Amigas de Raíssa registraram um vídeo no dia de seu desaparecimento, onde ela aparece entrando no carro do humorista. A proposta de emprego em Sorocaba, apresentada por ele, nunca existiu, conforme confessado no depoimento. Durante os dias em que a jovem era considerada desaparecida, Marcelo chegou a se envolver nas buscas, mantendo contato com a família e até oferecendo abrigo para parentes que foram a Curitiba procurá-la.
Raíssa Suellen havia deixado sua cidade natal para tentar a carreira de modelo e influenciadora digital na capital paranaense. Em 2018, ela venceu o concurso Miss Serra Branca Teen da Bahia, o que fortaleceu seu sonho de alcançar reconhecimento profissional nas redes sociais e no mundo da moda.
O corpo da jovem foi localizado no mesmo dia da confissão e encaminhado ao Instituto Médico-Legal para exames. A polícia investiga se houve violência sexual e apura a real participação do filho de Marcelo no crime. Dhony Alves foi preso, mas liberado após pagamento de fiança. Ele segue sendo investigado por ocultação de cadáver.
Marcelo Alves permanece preso, acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O caso, que choca pela brutalidade e pelo histórico de proximidade entre a vítima e o autor confesso, segue sendo acompanhado pelas autoridades e mobiliza comoção entre familiares e amigos de Raíssa.
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