A semana começou triste para quem trabalha na Rua da Cidadania de Santa Felicidade. Morreu neste fim de semana Benato, o cachorro sem raça definida que foi mascote do local por vários anos. Considerado um companheiro de trabalho, o animal chegava a participar das aulas de ginástica que acontecem no local.
Ninguém sabe dizer ao certo a idade de Benato, que um dia apareceu na Rua da Cidadania e fez amigos. Também conhecido por alguns como Cabeção e Amarelão, ele escolheu o local para ser a sua casa e as pessoas que lá trabalham como família.
Acolhido pela comunidade, foi castrado, tomava banho uma vez por mês e fazia consultas médicas periódicas. Idoso, o animal teve complicações no baço no início do semestre e, a seguir, desenvolveu nódulos na garganta. Abatido pela doença, foi submetido a eutanásia.
A auxiliar de limpeza Isabel Aparecida da Silva, que começou a trabalhar no local há cinco anos, era a mais próxima do cachorro. “Ele que me aceitou como companheira de trabalho. Onde você visse o Benato, podia saber: era ali que eu estava fazendo limpeza”, lembra, emocionada. “Já chorei tanto hoje cedo que deu até dor de cabeça”, conta Bel, como é conhecida e tem a foto do cachorro no perfil do seu Whatsapp.
Bel estava de férias quando recebeu a notícia da morte do amigo, na manhã desta segunda-feira (08), e se prontificou a recolher a casinha e as roupas dele para doação. “Era um bicho maravilhoso. Vai ser difícil voltar a trabalhar e não ter ele perto de mim”, define.
Quem também vai sentir falta do mascote é o chefe do Núcleo da Defesa Social na Regional, João Batista dos Santos. “Quando não estava com a Bel, era aqui na frente do nosso Núcleo que ele ficava. Tanto que a casinha e o pote de comida estavam aqui. Estava sempre alerta, era nosso parceiro. Já entrou para a história da Rua da Cidadania de Santa Felicidade”, diz.