De acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), o consumo mensal de água na região metropolitana de Curitiba equivale a chuvas de 100 milímetros. A média de chuvas para o mês de setembro foi de 30 milímetros, o que se conclui que para manter o nível atual dos reservatórios de água, seriam necessárias três chuvas iguais no mês.
Segundo o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, as chuvas do último domingo (27) e segunda-feira (28) não mudaram muito a situação dos reservatórios. “Por outro lado, a situação é tão difícil que se essa chuva elevar em 1% o nível do reservatório ou então se por alguns dias o nível do reservatório não baixar, já ficaremos felizes. Toda chuva é bem vinda, mas não muda nada do quadro”, explicou.
Gonchorosky afirma que há esperança de chuvas mais expressivas no mês de outubro, onde costuma chover entre 120 e 130 mm, onde se espera um registro mínimo de 80%. Ele enfatiza que se os níveis dos reservatórios que estão em 29%, recuar para 25% dará início a uma nova fase da crise hídrica.
“Se outubro for seco também, há uma tendência do nível dos reservatórios cair a 25% e nós precisamos ter o rodízio tipo ‘D’. Hoje estamos no ‘C’, com 36 por 36. No tipo ‘D’, vamos passar para um sistema de 48 por 24”, diz o diretor da Sanepar.