O ex-jogador Robinho, preso há dois meses por envolvimento em um estupro coletivo ocorrido em Milão em 2013, está empenhado em atividades que visam reduzir o tempo de sua pena. Atualmente detido na P2 de Tremembé, no interior de São Paulo, ele está matriculado em um curso de Eletrônica Básica, Rádio e TV, e participa de grupos de leitura com outros detentos, conforme permitido por lei para a redução da pena.
Robinho também está inscrito e aguarda uma vaga na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), que oferece empregos a presidiários em oficinas de trabalho. Outros presos notórios, como Alexandre Nardoni e Suzane Richthofen, também passaram por esta fundação. O curso que Robinho escolheu é na modalidade de Ensino à Distância (EAD), oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB). Ao concluir o curso, ele deverá apresentar o certificado para solicitar a remição de sua pena.
O programa de remição de pena previsto pela legislação federal permite que a cada 12 horas de curso, um dia de pena seja descontado. Além dos cursos, Robinho participa de grupos de leitura, onde ele tem acesso a uma biblioteca com 6,5 mil livros. Após escolher e ler um livro em 30 dias, ele deve escrever uma resenha e participar de discussões em grupo sobre a obra. Cada livro lido e discutido adequadamente pode reduzir sua pena em quatro dias, conforme determinação judicial.
Durante os horários de banho de sol, Robinho tem jogado futebol com outros detentos e, segundo relatos, uma de suas companhias constantes na prisão é uma bíblia, presenteada por sua esposa durante uma visita.
Robinho foi condenado a nove anos de prisão pelo estupro coletivo na Itália, e a sentença está sendo cumprida no Brasil após o julgamento no país europeu. As atividades educacionais e de leitura que ele está realizando fazem parte de um esforço para reduzir o tempo que passará encarcerado, conforme as leis de remição de pena do Brasil.