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Resiliência em prol do amor próprio

XV CURITIBA
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Somos movidos pelas nossas emoções, né? Infelizmente. Facilmente somos abalados, tentados e manipulados. Muitas vezes, quem define essa flexibilidade é o nosso humor, o que nosso coração quer, o que nossa alma grita. Força de vontade existe até certo ponto, mas se o motivo da nossa decisão não trouxer provas reais na velocidade que queremos, logo somos levados à desistência. Em todas as áreas, com todas as pessoas, em qualquer situação. Alguns mais do que outros. Mas faz parte do ser humano, porque queremos resultados rápidos e significativos, soluções práticas, evidentes e inquestionáveis. É difícil persistir quando todas as circunstâncias dizem o contrário, quando o cansaço bate a porta e ao ouvir as vozes pessimistas fazendo perguntas sobre a veracidade das suas escolhas. Na vida, nos relacionamento e até com a gente. Quando não nos entendemos, não nos aceitamos, não gostamos… fica por isso mesmo. Dá trabalho demais persistir.

A desistência mais real, mais visível, mas dolorida é quando a vítima e o culpado são a mesma pessoa: nós mesmos. Neste caso, não há quem possa mudar o quadro, não há como reverter a situação, não tem como mascarar a decisão. Às vezes, a toalha é jogada aos poucos. Um dia em que se abre mão daquele tempinho em frente ao espelho, quando não acha mais válido gastar com manicure, ao não se importar em sair com a blusa que tem um rasguinho. Talvez seja na na hora de desmarcar o dermatologista porque é perda de tempo, quando se torna indiferente àquele momento, antes tão bom, que se investe em si e é usufruído totalmente sozinho, ao pensar que o bem-estar de todos os outros – talvez, pessoas muito amadas, inclusive – é muito mais importante que o próprio. São pequenas coisas inegociáveis que acabam perdendo a importância e se tornam uma progressão em detrimento da qualidade de vida.            

Pode ser sobre saúde, relacionamento amoroso, vida profissional e o mais comum, com a auto-estima. As pessoas desistem, aos poucos, pela falta de resultados satisfatórios, pela ausência de valor dado ao que antes era tão estimado. O fundamental torna-se líquido e escorre pelas mãos, se perdendo entre pessoas sólidas, fechadas, duras. Até que seca. Murcha, desalenta, se vai, falece. Por outro lado, a regeneração, a reconquista, a volta leva bem mais trabalho que a perda, mas também traz lições sobre resiliência, apresentando novamente o que de fato é importante. Os detalhes importam, já que são eles que, juntos, formam um quebra-cabeça que gera amor próprio, verdade, suavidade. A vida é como uma sombra que logo se esvai e as emoções norteiam essa temporalidade, mas não precisam definir as escolhas feitas nessa linha do tempo.            

 

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