O ex-governador Roberto Requião sinalizou publicamente, em vídeo divulgado nesta quarta-feira (8), que pretende retornar à cena política paranaense com o objetivo de disputar novamente o comando do Governo do Paraná. Na gravação, ele relembra feitos de suas gestões anteriores e critica duramente decisões recentes da atual administração estadual, especialmente as privatizações e os novos contratos de pedágio.
“Eu fui governador do Paraná por três mandatos. E eu governei para os paranaenses”, inicia Requião, em tom firme. Ele destaca políticas implementadas durante seu período à frente do Executivo, como a redução do ICMS sobre alimentos, o programa do leite para crianças, a diminuição nas contas de água e luz para fomentar o emprego, além da criação do que ele classificou como o “maior salário mínimo do Brasil”, aliado à redução de impostos para empresas.
Na área da saúde, o ex-governador enfatizou a regionalização do atendimento com a construção de hospitais no interior e o fortalecimento da educação com escolas, creches e postos de saúde espalhados pelo estado. “O ensino no Paraná foi o melhor do Brasil”, declarou, mencionando também a formação continuada de professores como uma das bases do avanço educacional em sua gestão.
No entanto, boa parte de sua fala foi dedicada a criticar a condução atual do governo estadual. Requião condenou o que chamou de “milhões gastos em propaganda”, a venda da Copel e o processo de privatização da Sanepar. Também questionou o modelo de pedágio proposto para vigorar por 30 anos, com apoio, segundo ele, do governo federal. “O governo estadual e o governo federal estão errando nessas ações administrativas que comprometem o futuro de nossos filhos”, afirmou.
Ao final, Requião faz um apelo à população, propondo um movimento para “modificar tudo isso”. Sem anunciar oficialmente sua candidatura, o ex-governador deixou claro seu desejo de voltar ao comando do estado, apresentando-se como alguém experiente e disposto a resgatar um modelo de gestão focado, segundo ele, no bem-estar dos paranaenses.







