O jornalista Aluisio Marques moveu uma ação judicial contra a TV Globo, alegando assédio moral e solicitando uma indenização de R$ 725 mil. Segundo Marques, ele foi forçado a trabalhar mesmo apresentando sintomas de covid-19 e enfrentou restrições para usar o banheiro durante o expediente.
Em agosto de 2021, no auge da pandemia, Marques informou seu superior direto sobre os sintomas leves da covid-19. No entanto, foi instruído a continuar trabalhando normalmente e não informar os colegas para evitar pânico. O advogado de Marques, André Froes de Aguilar, acusa a emissora de hipocrisia por não cumprir os protocolos de segurança que promovia publicamente.
A situação se repetiu após a pandemia, em junho de 2022, quando Marques apresentou um atestado médico de três dias, mas foi incluído na escala de trabalho. Além disso, ele precisou pedir permissão à editora-chefe para usar o banheiro, sendo questionado sobre quanto tempo demoraria.
Marques também afirma que, após ser efetivado como coordenador de telejornais na Globo Minas, foi obrigado a acumular funções adicionais, como editor de texto, operador de teleprompter, editor de imagem, repórter e cinegrafista, sem receber remuneração extra. Ele menciona que outros profissionais, desempenhando as mesmas funções, recebiam salários maiores.
O advogado de Marques destaca que seu cliente enfrentava uma carga horária excessiva, trabalhando até 13 horas diárias, sem um horário definido, incluindo turnos na madrugada. Este caso lança luz sobre as alegações de práticas abusivas no ambiente de trabalho e as dificuldades enfrentadas por profissionais da comunicação.
A TV Globo ainda não se pronunciou publicamente sobre o processo movido por Aluisio Marques.