O deputado estadual Renato Freitas (PT) publicou na noite desta quinta-feira (27) um vídeo em suas redes sociais para rebater as acusações feitas contra ele por sua atuação em um protesto ocorrido no último dia 25, em uma unidade do supermercado Muffato, no bairro Portão, em Curitiba. O parlamentar é alvo de representações que pedem a abertura de processo disciplinar e sua cassação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
No vídeo, Freitas nega ter agredido qualquer pessoa durante a manifestação e afirma que sua presença no local teve como objetivo denunciar o assassinato de Rodrigo da Silva, jovem de 22 anos que, segundo ele, foi espancado até a morte após ser acusado de furtar uma barra de chocolate. O caso teria ocorrido no dia 19 de junho. “Estão dizendo até mais: que eu agredi alguém lá. Então o desafio é mostrar uma gravação em que eu encosto em alguém. Jamais”, declarou o deputado.
De acordo com Freitas, o protesto visava chamar atenção para o que classificou como um crime brutal, envolvendo a participação de funcionários da loja e de terceiros. Segundo o parlamentar, Rodrigo foi perseguido, imobilizado, agredido e teve o corpo arrastado por algumas quadras antes de ser deixado na beira da estrada. Ainda conforme o relato, os pés da vítima teriam sido amarrados, informação atribuída ao advogado da família.
Durante o protesto, os manifestantes interromperam o funcionamento dos caixas. “Paramos os caixas para que eles escutassem pela única língua que conhecem: o lucro”, explicou. Freitas ainda comparou sua ação ao episódio bíblico em que Jesus expulsa os mercadores do templo, reforçando que protestos contundentes são parte da luta contra o que chamou de “capitalismo selvagem” e “tradição escravocrata” da elite brasileira.
Ao longo do vídeo, o deputado também afirmou que sofre perseguição política por expor injustiças. “Fale a verdade e será perseguido”, afirmou. Ele ainda lembrou que já havia sido alvo de processos semelhantes no passado, citando como exemplo a polêmica envolvendo sua entrada em uma igreja durante uma manifestação em 2022.
As representações contra o parlamentar estão sob análise do Conselho de Ética da Alep, e podem resultar desde advertência até a cassação do mandato. O Ministério Público do Paraná também foi acionado por parlamentares e vereadores, e avalia se há elementos para abertura de investigação criminal.
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