Após repercussão da denúncia feita por Ricardo Oliveira, 1- Como esse pagamento foi feito? Pois não constam no portal da transparência (PT), o mandato divulgou nota oficial e respondeu a questionamentos adicionais sobre o caso. A ex-funcionária, que estava grávida no período da exoneração, teve o salário reduzido progressivamente ao longo de 2024 e foi desligada em novembro, no sétimo mês de gestação.
Segundo o mandato, a exoneração de Thamyres ocorreu após o rompimento de um acordo político com o Movimento Popular por Moradia (MPM), organização responsável por indicá-la ao cargo em fevereiro de 2023. A nota afirma que a servidora foi desligada por “atitudes antiéticas” e que a decisão foi tomada em conjunto com o movimento. Nenhum detalhe, no entanto, foi apresentado sobre quais atitudes motivaram a exoneração.
No texto oficial, o gabinete afirma ter garantido todos os direitos da gestante, inclusive o pagamento do salário até cinco meses após o parto. No entanto, em resposta posterior enviada ao Portal XV Curitiba, a assessoria de imprensa admitiu que os valores ainda não foram pagos e que “devem ser feitos conforme trâmite judicial”, ficando a cargo da Assembleia Legislativa o cumprimento e publicação dos procedimentos. A contradição entre a nota e a resposta oficial chama atenção, já que a promessa de garantia de direitos não se concretizou até o momento.
Já na segunda nota questionamos se esse pagamento foi feito, pois não constam no portal da transparência:
Outro ponto abordado pelo mandato é o pedido para pagamento de um salário extraordinário referente ao período entre a exoneração e o nascimento da criança. Segundo a equipe do deputado, o pedido foi protocolado, mas também não houve confirmação de aprovação ou pagamento. O gabinete informou que a análise cabe à Diretoria de Pessoal e à Procuradoria da Assembleia Legislativa.
A redução salarial de Thamyres ao longo do ano também foi alvo de questionamentos, já que dados do Portal da Transparência apontam que seu salário bruto caiu de R$ 5.626,14 em janeiro para R$ 4.805,84 em setembro, chegando a R$ 3.013,14 em outubro — com valor líquido de apenas R$ 1.947,55. Em resposta, o mandato alegou que a mudança ocorreu por alterações de função previamente informadas, mas não apresentou documentos que comprovem essa readequação.
Por fim, o mandato ressaltou que mantém uma equipe majoritariamente feminina, incluindo outra assessora gestante que permanece no cargo, como forma de reforçar o compromisso com os direitos das mulheres.
O caso segue gerando repercussão nas redes sociais e pode ter desdobramentos judiciais, especialmente diante das contradições entre o discurso inicial e as respostas posteriores do gabinete.