Durante entrevista à imprensa nesta segunda-feira (28), em Curitiba, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), abordou os impactos do chamado “tarifaço” anunciado pelo governo dos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Segundo o governador, a medida adotada pela gestão de Donald Trump não é exclusiva ao Brasil e tem sido aplicada em diversos países, como China, Japão, México, Canadá e até mesmo a União Europeia.
Ratinho defendeu que o governo federal brasileiro adote uma postura ativa e diplomática para enfrentar a situação. “O que, na minha avaliação, o governo brasileiro tem que fazer? Tem que pegar um chanceler, encaminhar aos Estados Unidos para sentar com a cúpula do governo norte-americano e buscar um meio termo que fique bom para os dois lados”, afirmou.
O governador enfatizou que não se trata de uma ação isolada contra o Brasil, e sim de uma estratégia global do governo norte-americano. “O que não dá é a gente achar que é vitimismo ou imperialismo. Isso está sendo feito no mundo todo”, reforçou Ratinho, ao defender que o Itamaraty retome protagonismo nas negociações comerciais internacionais.
Em paralelo, o chefe do Executivo paranaense também mencionou que o Estado já prepara um pacote de medidas de apoio ao setor produtivo local, especialmente aos segmentos que possam ser afetados pelas tarifas. Entre os instrumentos citados estão empréstimos facilitados e renegociação de tributos como o ICMS. “Ainda não se sabe o impacto real. A indústria ainda está avaliando. Mas já estamos nos antecipando com ações de fôlego para ajudar os empresários”, explicou.
Ratinho Junior destacou que os setores potencialmente mais impactados no Paraná são o de madeira de reflorestamento e o de produção de laranja na região noroeste do estado. No entanto, ponderou que os efeitos não devem atingir a economia paranaense como um todo, já que os segmentos afetados são mais específicos.
Por fim, o governador reiterou que a solução passa pela diplomacia e espera que o governo brasileiro conduza as tratativas com celeridade. “Agora está na hora de sair a política e entrar a diplomacia. A gente acredita que isso será resolvido da melhor forma possível, como já tem ocorrido em outros países”, concluiu.
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