O advogado Márcio Carpena e o piloto Gustavo Medeiros morreram na queda de um avião de pequeno porte na manhã desta sexta-feira (7), na zona oeste de São Paulo. A aeronave, um King Air F90 de prefixo PS-FEM, havia decolado do Aeroporto Campo de Marte com destino a Porto Alegre, mas caiu poucos minutos depois, atingindo árvores, placas de trânsito e a traseira de um ônibus. O impacto resultou na morte dos dois ocupantes e deixou pelo menos seis pessoas feridas.
Márcio Carpena, de 49 anos, era um advogado renomado no Rio Grande do Sul. Ele era sócio do escritório Carpena Advogados Associados, fundado em 1980, e professor da Escola de Direito da PUC-RS. Especialista em direito processual civil, Carpena também era empresário e possuía a aeronave que caiu. Nas redes sociais, costumava compartilhar momentos ao lado da família e viagens internacionais. Ele deixa três filhos e a companheira, Francieli Pedrotti Rozales, biomédica e sócia de uma clínica de estética.
O piloto Gustavo Medeiros possuía mais de 10 anos de experiência na aviação. Ele se formou em Ciências Aeronáuticas pela PUC-RS e também era bacharel em Administração. No LinkedIn, indicava ter trabalhado na Azul Linhas Aéreas por uma década, onde atuou como copiloto, comandante e instrutor de voo. Medeiros já havia pilotado a mesma aeronave em outros voos, incluindo o primeiro trajeto realizado por Carpena com o avião em dezembro de 2024, entre Brasil e Uruguai.
Antes da queda, Carpena publicou um vídeo no Instagram mostrando a aeronave taxiando na pista do Campo de Marte e informando que estava a caminho de Porto Alegre. Minutos depois, a aeronave perdeu contato com a torre e caiu na altura do condomínio Jardim das Perdizes. Testemunhas relataram que o piloto tentou manobrar o avião antes do impacto.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB-RS) lamentou a morte de Carpena, destacando sua trajetória na advocacia e prestando solidariedade à família. O escritório do qual ele era sócio também emitiu uma nota de pesar. Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para apurar as causas do acidente, enquanto a Força Aérea Brasileira (FAB) acompanha o caso.
