Em eventos a portas fechadas e com baixo quórum, o Partido dos Trabalhadores confirmou Roberto Requião como candidato ao governo do Estado do Paraná. Ao longo de sua carreira política, o ex-governador e ex-senador coleciona escândalos e polêmicas.
Relembre alguns desses escândalos:
1. Caso Ferreirinha
“Na campanha ao governo do estado, em 1990, um fato de grande impacto nos eleitores foi amplamente usado em sua campanha política: Requião denunciou a existência do personagem Ferreirinha, um suposto matador de agricultores que servia à família Martinez. Na ocasião, José Carlos Martinez, filiado ao PRN, partido do então presidente Fernando Collor de Mello, disputava o segundo turno das eleições para governador com Requião. João Ferreira, o Ferreirinha, foi apresentado durante o programa eleitoral de Requião, que venceu as eleições. Depois disso, a Polícia Federal descobriu que Ferreirinha era, na verdade, o motorista Afrânio Luís Bandeira Costa. Com base nos fatos reais, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) chegou à conclusão de que houve crime eleitoral e cassou o mandato do peemedebista.
2. Agressão à esposa
Em 1994, Maristela Requião denunciou à Delegacia da Mulher agressão física praticada pelo marido.
3. Machismo e desrespeito às mulheres
Por diversas vezes, Requião cometeu violência verbal contra mulheres, mandando elas calarem a boca e até mesmo fazendo perguntas indecorosas, como? “Você é casada? Trai o marido?
4. Transformou o governo do Paraná em cabide de emprego para família
“Mulher, cunhada, três irmãos, dois sobrinhos e dois primos. São pelo menos nove os parentes de Roberto Requião nomeados para a administração direta ou no comando de órgãos públicos importantes”, dizia reportagem do jornal Folha de S.Paulo, em 2003.
5. Desvio de recursos no Porto de Paranaguá
Durante seu governo, Requião nomeou para a superintendência do Porto de Paranaguá o seu irmão, Eduardo Requião, que foi condenado a devolver R$ 26 milhões aos cofres públicos.
6. Comeu mamona
“Roberto Requião passou por um vexame logo após o encontro com o presidente Lula, nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente abriu um vidro com um produto vegetal para mostrar ao governador. Este estendeu a mão e, rapidamente, colocou na boca para experimentar. Era mamona, não comestível. Mesmo com Lula avisando, que era mamona, o governador exclamou; "Bom". Visivelmente constrangido, o presidente falou, com voz e cabeça baixa, "Isso tem toxina, não pode comer". Requião virou-se de costas para as câmaras e cuspiu rapidamente o produto. A cena foi levada ao ar pelo Jornal Nacional, da Rede Globo”, registrou o jornal Gazeta do Povo, em fevereiro de 2006.
7. Agressão a jornalistas
Na época em que era senador, Requião ficou agrediu e tomou o gravador de um jornalista ao ser questionado sobre a aposentadoria que acumulava de quando era governador do Paraná.
8. Uso político da TV Educativa do Paraná
Roberto Requião chegou a ser condenado em primeira instância a ressarcir o poder público por gastos indevidos na TV Educativa. Ele utilizava a TV Educativa para autopromoção.
9. Viagens para o exterior com dinheiro público
Quando governador, Requião foi acusado pelo uso irregular de aeronaves do governo para viajar com a família para destinos internacionais, como Estados Unidos. A ostentação era tanta que chegou a ser tema de uma reportagem da Revista Época. Em apenas uma viagem a Nova Iorque, Requião levou 18 assessores, entre esposa e assessores.
10. Vida de luxo
As mordomias de Requião chegaram a ser investigadas pela Promotoria do Patrimônio Pública do MP, na época. Durante a investigação, vieram à tona jantares em restaurantes luxuosos em Brasília e São Paulo. Em Balneário Camboriú foi revelado que Requião frequentava uma requintada casa especializada em lagosta. Toda essa farra gastronômica era paga com dinheiro público.
11. Violência contra os professores
Em 1987, durante o governo de Requião à frente da Prefeitura de Curitiba, aconteceu a greve mais longa das professoras e professores da história do Paraná. Requião mandou cortar o ponto e demitir os profissionais da educação.
12. Guerra contra os professores
Requião liderou no Brasil o movimento contra o piso salarial dos professores. Por diversas vezes ele foi ao STF com o objetivo de derrubar a lei.
13. Deixou de investir R$ 1,9 bilhão em saúde no Paraná
“Pelas contas do Ministério Público Estadual (MP), o governo estadual deixou de investir cerca de R$ 1,9 bilhão na área de saúde durante a gestão Requião, entre 2003 e 2007. Segundo o MP, o Executivo não aplicou os porcentuais mínimos da receita do estado previstos pela Emenda Constitucional n.º 29/00. Por causa dessas falhas, o estado é réu em quatro ações civis públicas propostas pelo MP desde 2003, que ainda estão tramitando na primeira instância, e que pedem o ressarcimento dos valores ao Fundo Estadual de Saúde”, publicou a Gazeta do Povo em março de 2010. .
14. Apoio a ditaduras
Requião fez várias declarações favoráveis a governos ditadores da América do Sul. Em 2012, comemorou a vitória de Hugo Chávez na Venezuela. “Foi muito boa a vitória de Chávez para o Brasil”, disse Requião.
15. Visitou petistas na cadeia
Em 2017, Roberto Requião visitou José Dirceu e João Vaccari Neto na prisão, que haviam sido presos pela Lava Jato. “Fui dar um alô”, disse na época Requião.
16. Violência explodiu no governo Requião
“Analisando toda a administração de Requião, os dados sobre violência são alarmantes. Segundo o DataSus, do Ministério da Saúde, as mortes por agressões no estado cresceram 77,4% entre 2002 e 2008”, denunciou o jornal Gazeta do Povo.
17. Apoio à invasão de terras
Requião sempre teve relação muito próxima ao MST. No início do ano, voltou a incitar a invasão de terras no Paraná.
18. Caso Sanepar-Pavibras
Nomeou para a Sanepar um amigo de longa data que foi acusado de desviar R$ 2 milhões em recursos públicos. Na época a oposição a Requião chegou a protocolar um pedido de CPI na Assembleia para investigar as irregularidades na Sanepar. Contratada em maio de 2002 para realizar obras em cinco cidades do litoral Guaratuba, Guaraqueçaba, Matinhos, Morretes e Pontal do Paraná pelo valor de R$ 69 milhões, a Pavibrás acabou recebendo cerca de R$ 113 milhões e deixou obras paradas no início de 2006.
19. Uso da estrutura pública para bem próprio
Quando era governador, Requião foi acusado de usar a estrutura da Polícia Militar para cuidar de cavalos de sua propriedade.
20. Briga no aeroporto
Em 2010, Requião se envolveu uma briga com o deputado federal Rubens Bueno. A briga teria iniciado após Requião ofender Bueno.