Felipe Bombardelli, candidato à prefeitura de Curitiba pelo Partido da Causa Operária (PCO), apresentou um plano de governo com propostas que visam transformar a gestão pública da cidade. O documento inclui ideias que focam na mobilização dos trabalhadores e na eliminação da influência de setores privados, propondo mudanças significativas na estrutura de poder e na administração dos recursos municipais.
Uma das propostas centrais do plano é a suspensão de todos os pagamentos relacionados à dívida pública. O candidato argumenta que a dívida, que consome mais de um trilhão de reais anualmente no Brasil, representa um saque aos recursos públicos em benefício de banqueiros. Segundo Bombardelli, interromper esses pagamentos permitiria que uma parte significativa do orçamento fosse destinada a programas sociais e ao desenvolvimento de Curitiba.
Outra proposta apresentada por Bombardelli é a estatização completa do sistema de transporte público da cidade. Ele defende que o transporte deve ser um direito fundamental, acessível a todos os cidadãos sem custo, e gerido por uma empresa estatal para garantir a integração e a gratuidade do serviço.
O plano de governo também propõe a expropriação de imóveis que estejam sob especulação imobiliária, com o objetivo de distribuí-los para trabalhadores que necessitam de moradia. Bombardelli sugere que, caso essas medidas não sejam suficientes para resolver a crise habitacional, a prefeitura deve investir na construção de novas moradias populares. Além disso, ele defende a criação de conselhos populares deliberativos em cada bairro de Curitiba, que seriam responsáveis pela tomada de decisões locais, em substituição à Câmara de Vereadores.
Bombardelli também aborda a situação dos camelôs e ambulantes, propondo o fim de qualquer repressão a esses trabalhadores informais. Ele argumenta que esses trabalhadores devem ter a liberdade de atuar nas ruas sem sofrer intervenções, e que a solução para o excesso de vendedores ambulantes é a criação de mais empregos formais.
Outra proposta do candidato é o fim da “indústria da multa” em Curitiba. O plano critica o uso de radares e multas de trânsito como formas de arrecadação, sugerindo que a prefeitura deve focar na organização da infraestrutura urbana e na ampliação do transporte público, em vez de penalizar os motoristas.
Bombardelli também propõe a estatização completa do sistema de saúde municipal, eliminando qualquer participação do setor privado no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele sugere que a gestão do SUS seja inteiramente pública e controlada pelos trabalhadores, com o objetivo de oferecer um serviço de saúde acessível e de qualidade para toda a população.
O plano de Felipe Bombardelli para a prefeitura de Curitiba contém propostas que visam redistribuir recursos e poder, focando em uma administração pública voltada para os interesses dos trabalhadores. As ideias apresentadas têm gerado discussões sobre suas possíveis implicações e impacto na gestão da cidade. A resposta dos eleitores a essas propostas será determinante nas eleições municipais de 2024.
Aqui estão as sete propostas mais polêmicas do plano de governo encontrado no documento:
- Não pagamento da dívida pública: Proposta de cessar todos os pagamentos relacionados à dívida pública, argumentando que essa dívida é um saque realizado pelos banqueiros contra a população.
- Estatização total do sistema de transporte: Defende que o transporte público seja completamente estatizado, sem qualquer lucro para empresários, garantindo transporte gratuito e acessível para todos.
- Expropriação de imóveis de especulação imobiliária: Propõe a expropriação de imóveis que estão sob especulação imobiliária e sua distribuição para trabalhadores necessitados, além da construção de novas moradias, se necessário.
- Formação de conselhos populares deliberativos: Sugere a criação de conselhos populares em cada bairro para que os trabalhadores governem diretamente, substituindo a Câmara de Vereadores.
- Proibição da repressão a camelôs e ambulantes: Propõe que camelôs e ambulantes tenham total liberdade para trabalhar nas ruas sem qualquer tipo de repressão.
- Fim das multas de trânsito: Defende o fim do que chama de “indústria da multa”, argumentando que as multas são um imposto disfarçado e que os problemas de trânsito devem ser resolvidos com melhor organização e transporte público.
- Estatização completa do sistema de saúde: Propõe a estatização completa do sistema de saúde, eliminando qualquer participação do setor privado e garantindo que o SUS seja totalmente estatal e sob controle dos trabalhadores.