Curitiba terá, até o fim de 2025, pelo menos 24 shows internacionais programados, o que coloca a capital paranaense em evidência no calendário de eventos do país. Diante do aumento da agenda e da presença de grandes públicos, o Sindicato Patronal das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná (Sindiprom) e a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) anunciaram uma iniciativa conjunta para ampliar a prevenção e a segurança em shows, festas e baladas. A meta é mobilizar empresários, colaboradores e consumidores para colaborar com as forças de segurança pública e reduzir ocorrências registradas nos últimos meses.
A preocupação ganhou força após diversas apreensões envolvendo grupos especializados em furtos de celulares durante grandes festivais e mobilizações populares. Segundo os organizadores, em alguns eventos recentes, aproximadamente 100 aparelhos foram recuperados pela polícia, número considerado inferior ao total furtado, o que indica a fuga de outras quadrilhas após as ações criminosas. Em uma operação recente na Pedreira Paulo Leminski, por exemplo, cinco pessoas foram presas e 54 celulares furtados foram recuperados.
As entidades destacam que a atuação policial tem sido reforçada, com fiscalização das empresas de segurança privada e operações de inteligência, incluindo agentes infiltrados. No entanto, defendem que o setor privado precisa se envolver ativamente para apoiar o trabalho das forças públicas. Entre as medidas propostas estão campanhas de conscientização em áreas de grande visibilidade, como praças de alimentação e espaços iluminados, alertando os frequentadores para cuidados simples com seus pertences.
O presidente do Sindiprom e da Abrabar, Fábio Aguayo, enfatizou a necessidade da criação de um banco de dados nacional para cadastrar criminosos reincidentes que circulam entre estados e até países, praticando furtos em eventos de grande porte. A proposta é que, ao identificar movimentações suspeitas, como a utilização de CPFs em compras de ingressos, haja um alerta imediato para as autoridades. “Precisamos impedir que esse chamado turismo do furto de celulares continue crescendo, já que se trata de uma atividade altamente rentável”, explicou.
Além disso, ofícios já foram encaminhados ao sindicato dos trabalhadores do setor, com incentivo à realização de treinamentos para profissionais que atuam diretamente com grandes públicos. A ideia é que a preparação desses trabalhadores, somada à conscientização dos clientes e à integração com o poder público, forme uma rede de proteção coletiva contra práticas criminosas.
A expectativa é que o Paraná se torne referência no enfrentamento dessas ocorrências, especialmente em Curitiba, onde o número de atrações tem crescido de forma significativa nos últimos anos. Para os organizadores, o sucesso da iniciativa depende da união entre empresários, consumidores e autoridades, garantindo que a capital e a região metropolitana possam receber os grandes eventos com mais segurança e tranquilidade.







