Capa -Credito – Luciana Zenti
Neste sábado (22), a partir das 15h, ocorre o show de encerramento do Rock Camp Curitiba 18+, um projeto destinado a mulheres, pessoas trans e não binárias para aprender baixo, guitarra, teclado, bateria ou técnicas vocais. A segunda edição recebe 36 campistas.
Desde o domingo (16). elas se reúnem na IFPR – Instituto Federal do Paraná para diversas aulas e oficinas e claro, muita música. As bandas formadas durante esse processo se apresentam em show de encerramento no sábado (22), a partir das 15h, no Armazém Garagem, com entrada gratuita.
O Rock Camp utiliza a música como motor para promover diversidade e empoderamento feminino e ocorre no estilo “colônia de férias”. “Todo o camp é feito com muita dedicação, mas o showcase é especial, pois é o resultado dessa semana intensa que estamos vivendo juntas”, explica Carla Del Valle, coordenadora do projeto.
Em Curitiba, o Rock Camp acontece desde 2017, a edição para crianças é realizada em janeiro e a para adultas, em julho. “Esse é um projeto criado por mulheres para todas as mulheres. Nosso objetivo com o Rock Camp é usar a música não apenas como fonte de diversão, mas também para fortalecer e encorajar essas pessoas que ouviram a vida toda que não podem isso, não podem aquilo, e nós podemos sim. Podemos ser e fazer o que quisermos”, continua.
Del Valle explica ainda que a maior parte das pessoas chegam ao RCC sem nenhuma experiência musical, mas garante que em uma semana é possível aprender um instrumento, compor uma música e se apresentar em um show: “Sabemos que parece uma loucura o que a gente propõe aqui, porém, é completamente possível, já fizemos seis camps de crianças e estamos no segundo com pessoas adultas. O show de apresentação das bandas é sempre um sucesso”.
Vale lembrar que todo o trabalho do camp é feito por voluntariado também formado por mulheres, pessoas trans e não binárias. Quem deseja participar da próxima edição como campista ou voluntária pode entrar em contato por meio das redes sociais do Rock Camp Curitiba. Campistas pagam uma taxa de inscrição utilizada integralmente para despesas da colônia de férias, entretanto, o projeto oferece bolsas sociais para pessoas negras, indígenas, mães solo ou que não podem pagar o valor da taxa de inscrição.